S I L Ê N C I O
...tudo está tão quieto...noite tão escura...misteriosa...sonâmbula...
Iluminada por pálida Lua que insiste em refletir-se no laguinho
onde peixes sonham...estrelas nenhuma, nem mesmo vaga-lumes
vagam pelo ar, que se faz rarefeito, sufocando-me em insônia...
Não quero dormir e sonhar contigo pois ao despertar
não estarás aqui...Procuro te então, desencantada,
não te encontro mais!
Madrugada fria, para que agasalho se meu maior frio vem do interior?
Quando o Sol sonolento abre seus olhos com raios incandescentes
raiando o dia, a noite se vai, para outros rumos, outros torturar.
Ergo-me do chão onde estou sentado e vou caminhando muito devagar
e, só encontro vazio que enche meu dia, que enche meu ar,
rompendo o silêncio da noite passada encho meus pulmões e começo a cantar
aquela canção que lembra de ti, de tempos distantes em que fui feliz.
Descanso à beira de um rio apressado
que leva gravetos e sonhos passados.
Esperanças poucas,
ilusões loucas
e gritos distantes
de gargantas roucas.
Silêncio na noite, solidão no dia,
não te encontro mais...
Cadê a alegria?
O Sol está alto e eu sigo sem fome,
esfarrapado caminha
o que restou de um homem
que guarda consigo lembranças felizes
presente tão triste.
Abrindo os braços, ao alto pergunto: Senhor, por que não me levas para o outro mundo?!
Chuva fria, amiga, molha o meu rosto
É pranto, é Saudade de quem tanto gosto!
Habito cavernas, durmo ao relento e visto saudades,
no entanto agradeço por ter conhecido a felicidade de te conhecer
amante, mulher!
Silêncio...madrugada...solidão...
Canta comigo amigo violão!
Pedro Troche Gonzalez