Sonho lúcido
Com a lâmina que alanho em meu peito, regozijo-me das belas palavras ensanguentadas de belos e terríveis sentimentos da minha alma.
Como se abrissem minha carne sem anestesia e partisse meu coração no meio para ver o que há dentro. Como estar consciente em um pesadelo sem saída e temer ao inimigo sem saber de suas armas. Ferir-me no desespero de tentar acordar do pesadelo onde o mais temido não tem rosto, e onde era para ter olhos, só existem dois buracos imensos. Um corpo destruído e desfigurado.
Uma alma perdida,
um sonho sem saída.