Suicídio! Por quê?
Suicídio: onde andará a felicidade?
Num mundo cheio de dificuldades,
não sabemos o tempo todo, agir de
maneira que estejamos sempre bem.
Mas, o que leva uma pessoa a desistir?
Aqui exponho, apenas uma opinião,
diante das evidências.
Hoje cedo, encontro marcado com minha massagista, para iniciar um programa de exercicios físico e massagem. Cuidar da saúde e da qualidade de vida, é preciso, premente, e estou precisando criar motivos para inciar uma atividade física que gosto, mas não tenho tido muita motivação: Bike!
A massoterapia é um programa que aprecio muito, e é um tempo que converso com minha terapeuta, e estamos juntas nesse trabalho há quase quatro anos e nos tornamos amigas. Prefiro em qualidade e resultados, físicos e emocionais, em muito, a terapia com Rosália, fazendo massagem e conversando, do que com psicologo (a). Já tive experiência nos dois casos e com certeza a terapia com massagem e conversa é infinitamente mais eficiente, para mim.
Conversamos de um tudo. Desde assuntos pessoais, e até íntimos, como outros assuntos como política, religião, família (inclusive a dos outros rs) e hoje o assunto forte foi o suicídio de um jovem da nossa cidade, de família ríca, o mais velho de quatro filhos, e o filho que tinha problemas. Não conseguiu concluir nenhuma das falculdades que cursou. A mãe lhe concedia todos os desejos e motivos de lazer, na tentativa de trazer felicidade ao filho. Ela lhe supria todas as necessidades materiais. Pelo que consta, a questão financeira não era nenhum problema, porque tudo lhe era suprido. Se ele não conseguisse, não tinha problema, a mamãe estava ali para 'pagar as contas'....
Esteve envolvido com uma jovem, e acabou ficando com a mãe dela. Alugou um apartamento para morar com a amada, mas não teve condições de pagar o aluguel, então os pais pagaram seis meses adiantado... Porque isso não foi suficiente para que o jovem ficasse contente? Penso que isso é bem simples de entender: tudo que recebemos fácil demais, não tem valor emocional de conquista para nós, e então pouco damos valor! Simples assim!
Vemos que o índice de suicídio entremeio a jovens ricos e bem mais alto do que em pessoas pobres, que precisam lutar para conquistar o 'pão de cada dia'. Tirar dos filhos o direito, e o dever, de conquistar suas próprias independências emocionais é como tirar a motivação para a vida. Dar tudo o que a pessoa precisa, suprir todas as suas maiores e menores necessidades, sem que a mesma tenha em si desenvolvida a responsabilidade de trabalhar para a própria manutenção é massante e desmotivador. A pessoa fica sem razão ou propósito de vida: os pais já conquistaram, já lutaram: - Filho, venha, você só tem que usufruir!" Mas isso já deu certo alguma vez na história da humanidade? Quantos exemplos temos de que quem tem tudo de graça, tudo á mão, não sabe nem respeitar a si nem aos próximos, muitas das vezes.
Dar uma educação de qualidade aos filhos é importante. Criar os filhos em meio a sociedade, entre pessoas de todos os níveis é mais produtivo ainda, por isso sou a favor da Escola Pública para todos. E criar os filhos na igreja, com ensinamentos cristãos, sobre amor, respeito, justiça, caridade, trabalho, honestidade, serviço ao próximo, é fundamental para que se crie a consciência de que não somos seres apenas físicos, mas mais, muito mais, espirituais, alma, mente, coração.
Ter consciência do que podemos fazer, e do não devemos fazer, pelos outros é uma maneira de descobrir o que nos faz justos, ou injustos. Muitas vezes damos muito para nossos filhos, e pouco aos que nos ajudam no nosso dia a dia. Pagamos um mal salário para pessoas que cuidam de nossa casa, nossas roupas e comida. Mas damos de um tudo a filhos, que acabam sendo criados com muita folga, mordomia, sem compromissos e/ou responsabilidades.
Os pais são responsáveis, e culpados muitas das vezes (ou na maioria delas) pelos filhos que educam para o mundo. Educar é muito difícil, requer tempo e doação em atenção e disciplinamento. Precisamos buscar conhecimento, ajuda profissional, precisamos da escola, precisamos da igreja, precisamos das experiências dos mais velhos, precisamos olhar com mais amor e responsabilidade para nosso dever como seres humanos.
Servir ao próximo não é fazer por ele o que é dele o dever! Podemos facilitar, mas não tirar das pessoas o gosto pelas próprias conquistas, por mais difícil que possa parecer para nós, achar que é nosso dever evitar que nossos filhos 'sofram' como alguns de nós sofreu para conquistar... seja lá o que for... A evolução, e desenvolvimento das nossas mentes, requer trabalho, dedicação, envolvimento, e é, sim, doloroso e difícil. Mas não podemos 'por as nossas mãos' a um ponto de tirar das pessoas a responsabilidade que cada um deve ter por si mesmos.
A felicidade é uma conquista pessoal, com a ajuda do coletivo, sim. Mas cada indivíduo deve saber que a busca pela felicidade é de obrigação de cada um de nós. A liberdade é uma conquista pessoal. E cada pessoa deve descobrir o que quer, o que a motiva, o que a satisfaz. Pense nisso, antes de dar de mão beijada ao filhos e netos muita facilidade, quando na verdade o que eles querem, e precisam, é da nossa atenção e orientação, para saberem que estudar e trabalhar é preciso, para alcançar a própria satisfação e bens que desejarem.
Abençoada semana!
E que Deus abençoe e console a família enlutada, que chora a dor da perda de um filho que não viu motivos para continuar.....