Viés cronicado de Sábado
Em Gálatas, 6:5 temos: "pois cada um levará sua carga".
As mentes que pendem para o lado do mal, a pena justa compensatória, ao invés de cadeia, deveria ser o chicote trançado no lombo; pois esse é o instrumento de sossegar malfeitor.
Sempre que Eu despeço de minhas flores, de minha hortinha, de meu quarto, de meus apontamentos, das revoadas de pássaros que sobrevoam os arredores, do chuá de água cobrindo de branco o lajedo, da fumacinha da chaminé que sai de meu fogão à lenha, de meus protetores de luz, de minha casa e fecho portas e janelas, bate uma tristeza momentânea de deixá-los por uns dias. Para o bem da verdade, uma vontade de não ir. Por alguns minutos, meu coração se divide entre ficar e partir.
Porém, conhecer, desbravar, visitar novos horizontes é preciso. Aliás, é tão necessário quanto as flores e as hortaliças que cultivo, pois afinal, nas andanças conheço novas espécies de flores e outras maneiras de cultivo, tanto delas, quanto da pequena horta. Soma-se ao aprendizado, o conhecimento e interação com novos grupos de pessoas; e se há uma espécie que povoa abundantemente o Planeta Terra, é gente.
Alguém pode perguntar: "e das pessoas, de modo geral, qual sentimento nutre por elas na despedida". Bem, aí são outros 500. Certo é que existem pessoas que são como águas correntes e nem deveriam ter sido apresentadas ao curso maior. Tais mentes causariam menos toxidade ao leito do rio. Infelizmente, certos humanos possuem o poder, o dom de camuflar a erva daninha que são.
Dar voz para certas mentes, é alimentar a insanidade. Ajuda inútil. Todavia, não desanimo em procurar; e aquele que se propõe de bom grado a me ensinar, será questionado; sim, será questionado, porém, jamais ignorado por mim. E merece o meu respeito, admiração e carinho, pois não é todo dia que encontramos parceiros aliados e mestres honestos, neste oásis de infames oportunistas interesseiros.
Enquanto a modalidade de mentes forasteiras assombra o mundo, as mentes voltadas à fraternidade, ao altruísmo, à solidariedade estão escassas. Agulha rara no palheiro. Tal verdade motiva-me de não esquecer, nunca, dos pássaros, das flores, dos meus apontamentos, de minha casa e das raras, raríssimas mentes exemplares que fez-me um dia acreditar que existem as exceções. E essas, são outros 500, os quais pago com prazer e gratidão.
Embora que a verdadeira mente empática não cobra por disponibilizar sua sinceridade, sua honestidade, sua solidariedade, por doar seu caráter brioso, seu ensinamentos; enfim, não cobra pela sua presteza sensata e humana. Afirmo que mente como a descrita, nunca fica para trás, ao contrário, levo-a na costa, no peito, na mochila; e a carga levada por cada um de nós, de tempo em tempo, revezamos no carregamento.
Reconstruir a mente humana, eis o desafio do século. Eis o mistério, jamais desvendado pelos humanos e humanistas; pois como pontua o aforismo popular: "quem atenta-se à carcaça óssea e as belezas da carne que cobre-a, não percebe as sensíveis, as frágeis estrias do coração".
A saber, com o tempo, a carcaça definha, tomba, falece; e as belezas da carne? Seguem o mesmo caminho. Bem, algumas morrem antes mesmo de nascerem; e certamente, a mente contribuiu em demasia para matá-la em vida!