74- CRONICANDO: SÓ UMA PARADA, MAS 2023 VEM AI

No segundo semestre do curso de Direito já me deparei com o dois filés do mundo jurídico: Direito Penal e Direito Civil. E a turma também se dividiu em duas: os penalistas e os civilistas. Na verdade, essa divisão nem ocorreriam tão rapidamente, mas cada professor queria demonstrar que a sua matéria era superior a outra e por ai foi.

Um aluno só pra colocar fogo na briga falou: mas, claro que o direito penal é o mais importante! O professor não deixou barato e perguntou o nome do estudante. Ao ter a resposta, o professor virou-se pra turma e disse: Estão vendo, sem o direito civil ele nem nome teria. Rimos muito. O rapaz até tentou esboçar uma reação, mas entendeu que era uma brincadeira e também riu.

Na verdade, quando estudamos as cadeiras propedêuticas do curso de Direito nos deparamos inúmeras vezes com os mestres reforçando a ideia de que o direito é uno e que as suas subdivisões tem o caráter pedagógico. Assim, não haveria um ramo do Direito mais importante que o outro, mas sim, um Direito que no momento está sendo exercido seja agrário ou de família.

Claro que não discordo dos mestres que contribuíram para que o Direito fosse o que é, mas, confesso, tenho uma queda pelo Direito Penal. Talvez porque vivamos em um país no qual desde pequenos estamos expostos aos mais diversos crimes e contravenções, seja por meio do jornal do meio dia, seja agora por meio da internet. Muitos advogados e promotores gravam seus juris e disponibilizam na grande rede para quem tiver interesse. São verdadeiros show de oratória, certo que as vezes os limites são extrapolados, mas é só mais uma pitada de sal para os amantes do Direito Penal.

Por enquanto, meu curso está trancada por motivos de saúde de minha parte. Mas, já estou tirando os livros de dentro das caixas e voltando a lê-los novamente, não prometo, mas 2023 tudo indica que volto ao mundo acadêmico e não quero estar tão desatualizado.