TODA FORMA DE AMOR VALE A PENA!

Uma crônica/prosa poética - (reedição)

Valéria Gurgel

 

Não importa como se ama

Não importa a quem se ama ou quem é amado

Nem como é esse alguém, de onde ele vem, para onde ele vai

Se esse alguém é branco, pardo, negro, albino, ruivo, indígena, mameluco, cafuzo, cigano...

Todas as etnias são peculiares, distintas, nenhuma se classifica em segundo plano

Se é da mesma nação, brasileiros ou estrangeiros

As fronteiras são apenas linhas imaginárias, para dementes pensamentos corriqueiros

 

Se for homem ou mulher, ou se ainda não decidiu o que é

Se for LGBTQIA+ e o que é isso tem demais?

Se for jovem ou velho, culto ou ignorante feio ou belo, rico ou pobre, plebeu ou nobre

O que importa é amar e saber que é amado

Amar é se dar, é se fazer merecer

Não sofrer por amor, mas amar, com respeito e gratidão

Amor de mãe, amor de filhos, amor dos pais, amor por nossos ancestrais

Amor por todos aqueles que tem limitações e são tão especiais

Amor dos nossos e por nossos irmãos animais

Amor pelas plantas, pela mãe natureza, com toda pureza

Amor de irmãos, amor de amigos, amor entre os adotivos

Amor homossexual, o que tem de mal?!

Amor sem discriminação, sem culpa e sem excomunhão

Sem pré-conceitos, sem julgamentos, sem discriminação

Sem abusos, sem ódio, sem ciúme doentio

Amor que não se deve manifestar tardio

Sem feminicídios, sem posses, sem rebelião

Indiferente de crenças, se é ateu, ou se tem religião

Indiferente de divergências políticas, partidárias, sociais

Amor ao futebol, ao time, ao clube, sem perseguições banais

Simplesmente amor e nada mais

Onde há o verdadeiro amor, reina a paz

A alegria, o respeito e a compaixão

O mundo anda muito carente

Já estão todos os seres tão descrentes

 

Com medo da violência, não aceitação e decepção

O amor é o equilíbrio entre a razão e o coração

Se os homens se amassem,

Se as mulheres se amassem

Se todos os seres se amassem de verdade

Sem preconceitos e sem aversão

Sem hipocrisia e maldade

O mundo não teria mais guerra

As crianças teriam uma vida mais terna

Sem abandono, sem fome, sem frio, sem dor

Elas seriam felizes, poderiam sorrir, teriam um lar pleno de calor

 

Amar é o verbo a se conjugar, a única arma que protege a paz

Que extermina do mundo a carência afetiva e a opressão

Os desequilíbrios, a loucura, a síndrome do pânico, a depressão

Toda forma de amor vale à pena, desde que a alma não seja pequena

Amar sem distinção, eis aí um verdadeiro emblema!

27/04/2010

 

Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 26/04/2022
Reeditado em 26/04/2022
Código do texto: T7503766
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