Velho? É o tataravô do seu bisavô!!!

Valéria Gurgel

 

E lá vou eu por essa estrada... Desafiando a multidão. Às vezes em passos lentos, bem sei!

Mas ainda, não me cansei de viver, nem de caminhar por essa estrada com emoção.

 

Não me venha com essa armadilha de achar que eu estou morrendo, pois eu ainda nem estou querendo sofrer do mal da tal solidão!

 

Eu tenho um bom coração!

Não tenho medo, meu irmão!

A vida é tão bela! E eu ainda gosto tanto dela, então, não me traga desilusão.

 

Pra quem pensa que na velhice somos como um carro velho abandonado no fundo de um galpão,

Engana- se meu caro cidadão!

 

Tu não sabes de nada não!

A idade traz muitas vantagens e também novidades que as horas nem têm a capacidade de medir essa percepção.

 

Temos tantas histórias para contar, experiências a compartilhar. Ensinamentos de vida para lhes ofertar.

 

O nosso exemplo de coragem e determinação, somente os anos podem mostrar o que os dias conhecem não!

 

Temos energia impregnada, família criada e netos para cortejar, se eles assim desejar.

 

Nossos olhos não querem ver o mundo desmerecer o valor da maturidade. Porque o melhor de se ter mais idade é aprender a vencer a vaidade de meras e falsas verdades!

 

Nem toda a humanidade, que hoje vive a plenitude da mocidade receberá a dádiva de viver e envelhecer.

Lembrem-se que o futuro algumas vezes pouco espera e poderá colher nas próximas primaveras a semente germinada de suas ações.

 

Valéria Cristina Gurgel
Enviado por Valéria Cristina Gurgel em 25/04/2022
Código do texto: T7502819
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