COMO ENTENDER E/OU OCUPAR O TÃO CURTO TEMPO?

Esse texto pode ser comprido, (O QUE COMUMENTE CAUSA DESINTERESSE DE ACOMPANHAR A LEITURA ATÉ O FINAL) mas acredito que de alguma forma, em alguma dessas frases aqui expostas, você de algum modo irá se encontrar e quem sabe se "reflexibilize" para tentar entender cada palavra que alguém um dia qualquer, teve o tempo espaço disponível para expô-las ao seu conhecer. No mais, espero que faça uma boa leitura, e o melhor de tudo, que expresse o seu ponto de vista relacionado a essa narrativa.

COMO ENTENDER , OU ACEITAR O TEMPO DE CADA EXISTIR, UMA VEZ QUE TODO COMEÇO NOS LEVA A UMA NITIDA E INEQUIVOCA COMPREENSÃO QUE UM DIA TEREMOS QUE PARAR OS NOSSOS PASSOS?

O meu passado relembrado e vivido até aqui, eu já o conheço pois ao longo desse meu existir me acompanhara. Possa ser que algumas coisas eu tenha esquecido e não mais faça parte de um relembrar, o que é notório devido a outras informações que o cérebro constantemente vai absorvendo de forma automática impulsionando o nosso viver.

“Filetes de lembrares” acho que seria assim a melhor definição para entender um pouco desse processo que por vezes encoberta tantas coisas que nos acontecera há tempos passados.

O interessante, é que por mais que vivamos, nosso tempo é muito curto e um trecho daquela música que se canta em aniversários (MUITOS ANOS DE VIDA) é apenas uma expressão que já está inserida nessa canção, pois sabemos que para uma pessoa que já ultrapassou a casa dos 90 anos, isso soa como uma ofensa, apesar de ser também um expressar de um sentimento de vontade, pois percebemos um tempo findo que de uma hora para outra inevitavelmente acontecerá.

Eu analiso o espaço tempo, como uma carga de obrigações necessárias para este nosso prosseguir, mas tendo a plena consciência de que um dia teremos que descarregar nossa mente, nosso corpo, nossos sonhos, nossas lidas, pois o inevitável cansaço chegará de forma silenciosa como se fosse ATÉ, uma recompensa por tanto esforço concentrado de um viver que tem sim, o seu momento exato de parar.

Essa pausa, nesse processo reflexivo aqui exposto, é um reencontro com as lembranças e até com as impossibilidades de continuísmo do caminhar, pois os passos ficam mais lentos, a mente, mais esquecida, o olhar mais distante e as imagens tornam-se turvas, indicando que o tempo está apenas cobrando o que não se pode negociar para reverter tal situação imposta, pois esse é o ciclo normal.

Nesse estágio, somos convidados a obter lembranças que vem invadindo a nossa mente e por um instante começamos relembrar de coisas e fazer imagem de algumas situações vividas desde que éramos crianças e isso torna-se inexplicável ao nosso entender.

Porque lembranças distantes se fazem rejuvenescida, aflorando o relembrar, enquanto os instantes vividos atuais nos fazem esquecer o que há pouco vivemos?

É aí que desperta o Filete dos lembrares citados acima, como se descargas elétricas em nossos cérebro estivesse despertando tais lembranças como se fosse o agir de um vulcão adormecido há Séculos e que de repente torna-se vivo e inflado e então começa exteriorizar as energias concentradas do seu interior, explodindo de forma inesperada trazendo a tona o que estava camuflado, dormido, adormecido e por todos esquecidos de vê-lo ou sabe-lo assim reagir.

Herdamos isso de nós mesmos, ou algo impulsiona esses reflexos que aflora de um momento para outro sem que saibamos sua real intensidade comportamental?

Quem somos perante esse universo cósmico interno que carregamos em nossa campanula (que age como uma cápsula protetora tão misteriosa a qual chamamos de cabeça), em que a ciência chama de cérebro?

Não temos(por mais que estudemos e dediquemos séculos de estudos) a capacidade de entendermos e de fato compreendermos como agem esses minúsculos, e quase invisíveis tubos de irrigação que mantem o nosso juízo em funcionamento desde (ou talvez bem antes) o momento em que ainda estamos no ventre materno.

Mas a idade chega, a lentidão nos alcança e a jovialidade fica armazenada na lembrança de cada um, e aí vem o despertar de um sentimento da saudade levada pelo tempo que nos fizera perceber agora, quão curto é o nosso viver, por mais que vivamos as maiores aventuras ou ilusões nessa efemeridade de uma existência que já traz o seu prazo de validade em cada membrana, em cada célula, em cada partícula de tecido ou fibra que envolve o nosso corpo, ou em cada gota sanguínea que percorre entre nossas veias que fortalecem o nosso existir.

Se esforce ao máximo, para fazer valer apena cada instante vivido e que o aprendizado seja rico e proveitoso para que (apesar da lentidão dos passos) ainda saibas caminhar mirando uma direção por ti tão dedicada durante o teu viver..

Carlos Silva - Caldas de Cipó BA - BRASIL.

15 de abril de 2022

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 15/04/2022
Reeditado em 15/04/2022
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