ANIVERSÁRIO ESPECIAL

Dentro de poucos dias, oficialmente no dia 02 de março, completo sete anos de aposentadoria absoluta. A questão merece digressões objetivas e filosóficas, digamos assim. Para os que açodadamente cogitam de vagabundagem pura e simples, informo que foram 50 anos de trabalho, aos 68 anos de idade - o que muita gente não atinge. Agora, quando desisti do “basquete”, não foi para tentar ganhos extras ou para buscar ocupações laborais de qualquer ordem com o fito de fazer meu tempo render. Não. O escopo foi sempre o de não fazer mais nada formalmente obrigado. Quer dizer: somente lides domésticas, família, mulher, filhos, netinhos, cachorrinhos e, sobretudo, leitura, filmes, eventuais viagens, litoral e serra, e muito escrever. Não será aos 75 anos que irei inventar a vacina contra a ignorância, ficar rico ou tornar-me um símbolo de charme. Certo glamour, se houve, é coisa de um passado distante, que não volta mais. Não significa que agora vista pijama ou não aprecie as virtudes femininas, cerveja ao meio-dia e bom vinho tinto à noite. Às vezes, uma festa. Mas é extraordinário tirar uma sesta à tarde e dormir até além das dez horas da manhã. Precisa mais? Naturalmente que é uma opção pessoal, cada um com seu cada qual, respeito as diferenças, mas nenhuma inveja do lado de cá. Ter uma família maravilhosa e excelentes amigos ajuda muito.