DEZMATAZONIA
Vi a queda da bela Araucária
Vi o tombo do gigante Jatobá Umburana, angico e pau ferro
Não mais servem pro pouso do sabiá
Madeireiro sorrindo abastado
A natureza amargando a própria dor
E o Homem, um ser Desumanizado Ao jardim do Nosso Deus Não deu valor
Carbonizam a nossa Amazônia Desfolhando nosso verde natural Desmatando a mata que não mata Maltratada pela ação do marginal
A ambição causa morte e desgraça O corrupto imunidade já ganhou Chico Mendes com grito de liberdade
Uma bala traiçoeira lhe calou
A extração da madeira é um “BOM NEGOCIO”
Lucrativo que deslucra a natureza Nossos rios, Tapajós e o Xingu Jarauçu pagará tenho certeza
Terra do meio é um meio assustador
Bem perto de Prainha e Porto de Moz
Quem irá desligar as motosserras, Oh meu Deus quem ouvirá a nossa voz?
E enquanto a resposta ainda é muda
Os Ribeirinhos em palafitas vão vivendo
Nosso verde, nossos rios e nossas matas
Nossos bichos pouco a pouco estão morrendo
E quem cuida descuidou desse cuidar
Pois o vil metal já lhe corrompeu
E a troca do trocado recebido
Não VALE o preço do verde que se vendeu.
Carlos Silva