ENTRE OS RELÓGIOS E BÚSULAS, A TIPOGRAFIA
Um acontecimento fatal sangrando páginas exposta nas bancas de jornais, vistas e revistas. tipografia de letras frias, fotos e caracteres estampam convite a leitura, pupilas delatam em atenção, fatos apontam mais um delito, as leis inflamam, dedos ágeis tocam, imprimem e transmitem opiniões, viajam. Dorme a noite, enquanto a sinfonia das máquinas em meio a tinta fresca que leva a notícia, acordamos mais um dia igual a tantos, veículos expressos impresso oferece informações.
Nesse espaço de horas, no trajeto da vida, mais um livro encadernado, uma nova história a contar, o barulhar do fundo musical do relógio na sala de jantar a cada respirar mostrando um ponto de interrogação, não entendo o vir e para onde irei seguindo essa direção.
Assim vai contando o tempo parágrafo de crônicas entre o barulho das teclas escrevendo a história musicando o terror, gastando os créditos aproximando para o fim; ponto de chegada de todos, serrando os olhos em um derradeiro pestanejar, coluna social, se for importante, obituário no rodapé informal.
Em um lugar qualquer, uma bengala, um livro antigo de capas preta, agora as luvas descansam; dedos murchos sem se vestir de vida, incontáveis vezes protegendo essas mãos a não tocarem o mau. Os óculos em lentes de círculos perfeito, nesse momento focaliza o vazio, aumenta a vista do infinito sem divisas, variedades de algo oculto... quintais. O papel de poucas gramaturas não se equilibra por si além do mover do sopro dos ventos ainda firmam de pé entre as capas duras expostos na biblioteca, mesmo que amarelado cheirando a mofo ainda persistem em existir contando essas histórias para o futuro certificar das verdades que já passou, e nesses desfiladeiros ficaram esses vestígios, marcas dessa cultura remota, graças a impressão da tipográfica que tocou a tinta e imprimiu o papel buscando a memória para informar cada leitor.
Antherport/21/11/21/***