O dia que tomei a 2ª dose da vacina Astrazeneca
Uma certa inquilina, com sua filha, um neto de 03 anos e uma neta de 01 ano estava me devendo 06 meses de aluguel e 04 meses de energia, com a promessa que iria me pagar assim que recebesse um dinheiro. Eu disse a ela que não precisava me pagar nada e que poderia ir embora, seguir viagem. Depois de pensar por duas semanas ela resolveu ir embora para Fortaleza onde mora seu pai. Vendeu alguns de seus móveis e deixou outros (que eu os joguei no lixo) e um filhote de cachorro cor amarela com as patas brancas. Ela disse: Cuide bem do meu cachorro!
O cachorrinho sentiu muito a falta de seus donos nos primeiros dias, mas acabou se acostumando comigo e me acompanhava nalguma caminhada. Estava morando no corredor e era cuidado por outras pessoas. Esta noite (23-10-2021) não ouvi o seu latido costumeiro. Quando levantei por volta das 06 horas e fui abrir o portão ele não estava. Alguém o roubou por ele ser de boa aparência. Falta de consideração com a minha pessoa. Poderia ter me pedido que eu o daria com prazer.
De repente passou pela minha cabeça tomar a 2ª dose da vacina contra a Covid-19. Decidi ir no Cais do setor Novo Horizonte aqui próximo de casa, pela manhã, onde havia duas filas. Disseram-me que a primeira fila era para os idosos tomarem a 3ª dose de reforço, e a segunda era para a 2ª dose. Fui atendido em meia hora. Tomei a vacina da Astrazeneca no braço esquerdo, a mesma da 1ª dose. No sonho que eu tive eu havia tomado a 2ª dose da Phizer e no braço direito. O número da minha senha foi o 86, e não foi por acaso. Com este número certa vez eu ganhei uma rifa na igreja, ou seja, uma cesta de Natal. É também um par de números da minha senha no Recanto das Letras. Outros números têm me acompanhado, como os números 7 e 13.
Voltei para dizer que o cachorrinho apareceu por volta do meio dia. Dei a ele ração e água; estava com fome. Acho que dormiu no vizinho porque ouvi o seu latido durante à noite. Desde pequeno gosto muito de cachorro, por sua inocência e amabilidade. Certa vez eu fiz amizade com uma cachorra da raça Pitbul, que uma inquilina deixou. Dizem que cachorros têm um sexto sentido que os fazem pressentir alguma coisa, como a chegada de seus donos, e são também capazes de verem coisas do além. Ter um cachorro em casa faz bem para a nossa sobrevivência.
Goiânia, 23-10-2021