ESCREVENÇAS
Passei o olhar nas minhas lembranças pensantes, imaginei a fervura do meu cérebro querendo fazer escrevenças, imaginei um mundo onde as letras saltitam aos olhos, como forma convidativa ao espelhar no papel o sentimento que ora brota de nós, com essa pujança de demonstrar o valor que adquirimos em favor dos nossos saberes.
Cada ser humano vivente e pensante dono de seus domínios intelectos mentais, é capaz de exercer o escrito no papel, pois basta que tenha na mente a vontade de fazer essa transposição que agrada corpo alma mente e coração. É um rebusque de fatos idos, ou tidos como importantes na lida do nosso viver, no qual a cada dia nos inspira o fato evolutivo da criação, essa que se faz intrínseca dentro de cada um de nós.
Passeando os olhos pelas páginas de um livro de extremo valor cultural, pude lamber nas letras ali contidas, o mel deixado pelo escritor tão dedicado na sua forma de explicar cada detalhe de um dialogo rico criando personagens que hoje eternizam o literato viver de cada um de nós.
A ele, a esse escrevedor de palavras sertânicas e tão belas, rendo minha homenagem agradecendo a oportuna lucidez em mergulhar nos seus escritos onde vi a vida flutuando em cada página lambida pelos meus ávidos dedos de extremo interesse em pesquisar o real valor desse universo letrado que encanta a nossa vida.
Finquei os pés nas letragens a mim oferecidas, como se caminhasse num livro arrodeado de palavras bonitas, polidas, cuidadas, tratadas com esmero e assombrosa dedicação daquele que uso fez de cada uma delas pra expressar esse sentimento tão puro e tão avantajado de conhecimentos, colhidos para informar a cada um de nós a importancia do saber e do conservar literário que cada um de nós temos a obrigação de sabe-lo, pois serve como chave que abre toda e qualquer porta que possam aparecer em volta da nossa vida.
A fechadura do viver só é aberta pela exata chave do saber que não se curva às imposições oferecidas ou praticadas por aqueles que não descobriram o valor que tem uma chave na sabença de qualquer sabedor, e que por ela se atrai em busca do conhecimento necessário para o labor tão castigante da trajetória dessa vida, que para quem a possui é: uma Bendita vida, vivida entre lagos e sertões, em praias e açudes de inundação de saberes tão nobres e tão necessários para a habilidade de um prosseguir.
Somos hospedeiros dos saberes, armazenadores de conhecimentos, guardiões dos celeiros mais refinados desse lado do cérebro, que com carinho cuida da seara dessas sabenças adquiridas ou conferidas a nós por um ser Superior que habita em todos os lugares do mundo, mas que repousa entre nuvens num palacete invisível e intocável aos olhos e mãos de quem nEle não tende a declinar sua crença e sua forma protetiva de nos guardar como se sementes fossemos em busca de cuidados tão sagrados, como estes que Ele, deposita em cada um de seus acreditadores.
Se somos frutos desses viveres que nos fora conferidos com tamanha confiança, então temos inserção comprometedora nessa terra para o avanço desse prosseguir ao qual fomos nós todos envolvidos como participantes ativos e cuidadores das palavras que nos chegam aos olhos.
É um misto de confiança e potencialidade de execução desses nossos plenos saberes pelos quais agraciados fomos em percebe-los de extremo valor para esses referidos saberes que tanto repito nessa narrativa.
Eu sou a essência da simplicidade plantada em solo de alta percepção dos dizeres, em que nos livros fui buscar, e com sapiência pude colher pétalas desses aprendizados, bebendo em gotas orvalhadas de paciência e temperança, onde pude alimentar-me desses conheceres que hoje divido entre os Doutos e os leigos como fonte expressiva de um conhecer lucido e de importancia vital para o meu prosseguir.
O que quero deixar aqui registrado, é que não sou um exibicionista gastante de palavras tão lapidadas de um letramento sabedor de colocações de frases bem arrumadas onde o seguir estético gramatical seja impecável. Não... eu erro, deslizo e cometo gafes gramaticais (sei disso) mas o teor exposto, (SE BEM ABSORVIDOS) dar-se-á de forma clara ao entender de qualquer analito que debruçar nos meus escritos, os seus olhos críticos.
Por aqui e em letras tantas por aqui derramadas, eu me despeço agradecendo seu contemplativo olhar nesse passeio pelas minhas escritas, as quais prefiro batiza-las de ESCREVENÇAS, pois assim soa a minha mais pura e inenarrável identidade, pulsando em cada artéria o agradecimento em domina-la (mesmo que de forma simples), sem a obrigatoriedade de um academicismo exigido na forma comprobatória de um canudo adquirido).
Diz o sábio matuto que: CONVERSA LONGA AUMENTA A ESTRADA, deixo-vos em companhia dessas minhas palavras reforçadas num teor de vida, que um dia poderá atingir outros escreventes para outras tantas ESCREVENÇAS desse viver que num futuro próximo nos chegará.
No mais...se puder, aprecie sem moderação, os lodaços simples e sinceros desse matuto que pulou o muro da escola antes de concluir seus aprendizados.
Carlos Silva
10.10.2021