O trapaceiro
Diógenes, o Cínico, vagava pelas ruas de Atenas com uma lanterna a procura da verdade, ou de um único homem honesto que fosse...
De certa forma ele é esperto, só que, talvez, não o tanto quanto acredita ser. Mas é tudo questão de cálculo. Calcular os prós e contras. Todavia, como é que uma criança como aquela, sem experiência alguma, poderia fazer essa matemática sozinha? E também, pouco importa: ele nunca vai saber o que perdeu. E a vida, viver, não é assim mesmo, um constante ganhar e perder? E se porventura algum dia a ficha cair, se o “devia ter” da canção dos Titãs, lhe bater à porta da consciência, que ele possa pelos menos entender que, “a cada um cabe alegrias e a tristeza que vier”.