DIÁLOGO DE FIM DE TARDE

QUERERES

Sonho,

penso,

quero,

almejo,

desejo.

Por vezes, prefiro buscar a mim mesmo (face a tantas vontades impraticadas) e num molhar de tantas solitarias vontades, deixo que a minha própria chuva me molhe e assim, num suspiro longo, mergulho sozinho.

Cs

Tudo começa, quando ele pede que ela, opine sobre sua poesia.

Aqui, a narrativa traça o olhar dos dois protagonistas que usam suas respectivas metáforas para DELICADAMENTE, fazer a escolha certa das palavras neste dialogo envolvente.

Espero que gostem.

Ele.

O que achas dessa poesia?

Ela.

Intenso!!!

Amor, paixão, solidão... os fragmentos da vida

Ele.

Sim, divididos entre minhas

Vontades retidas.

Ela.

Pois é, acredito que isso acontece com a maioria das pessoas.

Ele.

De certo que sim. E nos tornamos presos, cúmplices de nós mesmos.

Asas cortadas.

Ela.

Exatamente assim, buscando equilíbrio para sobreviver aos pequenos vôos...

Ele.

Meu grito, por vezes me sufoca.

Ela.

E é no canto que às vezes choramos e cantamos, para prosseguir dando beleza a vida...

Ele.

O gosto, o prazer de cantar, abala a alma, enrigece em nós vontades leves

Ela.

Sim!!!

Ele.

E tudo pulsa, querendo exteriorizar essas vontades, que ao se sentir retidas, explodem sozinhas.

Ela.

Exatamente.

Ele.

Bebo o café, sentindo o aroma, lambendo a xícara como um beijo imaginário.

Ela.

Esse equilíbrio se faz necessário.

Ela.

Sim.

Quantos??? O lindo é a força da imaginação, que nos leva a emoções extraordinárias.

Ele.

Deslizo a língua como se buscasse uma outra, para dividir esse gosto prazeroso.

Até a respiração fica entrecortada.

Ela.

E assim segue o percurso da nossa imaginação...

Ele.

Com zelo...em ricas vontades. Como o gosto do café que agora tomo em compassados goles. sorvendo em lentas doses de extremo prazer.

Ela. 👏👏👏👏

Ele.

Obrigado. Por dividir comigo esses poéticos pensares.

Se quiseres continuar...

Ela.

É um prazer, compartilhar contigo.

Ele.

Prazer é todo meu, o qual divido contigo.

Ela se calou, deixando-o na expectativa de continuar o diálogo, ora oferecido aos dois naquela tarde de palavras e buscas.

Assim, ambos perceberam que naquele momento, o silêncio disse muito, pois em suas mentes, não precisaria de palavras, pois a imaginação (ao seu modo ou de todos os modos coletivo e individual) falaram muito aos seus pensares.

E, os quereres destes que mergulharam num mar de fartas e férteis vontades contidas no âmago de cada um ainda falará por si só, enquanto cada um lembrar desse DIÁLOGO DE FIM DE TARDE.

FIM. Fim? Talvez!!!

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 05/09/2021
Reeditado em 05/09/2021
Código do texto: T7335906
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