Convite a vida.
Fazer planos em terreno íngreme, topografia, construção, projetos edificação mau arquitetada, um carro velho quebrado, peças em reposição, a esperança de dias melhores, vidas desarrumadas.
Desvios, contornos, estrada sinalizada, as placas, pontes, depois a vala, um obstáculo a ultrapassar, um destino, uma meta a superar, caminhos a percorrerem, uma vaca na pista, não chores o leite derramado.
A águia dos altos, paira no ar, em baixo um vulto, planeja ataque, mamãe coelha a vista, arbusto, dificulta os planos, a presa segue o curso nessa vida, a desistência da águia, a caça amamenta a prole, vida que segue.
O véu negro nos cobre, nos calam para o silêncio da noite, os pirilampos aos seus redores iluminam com luzes tímidas invejadas pelos intenso brilhos das estrelas, de manhã ao descortinar, começa o teatro da vida.
Respirar, sentir o invisível, orações, beijar os céus em imaginações, viver o ilusório de que em um abraço o imaginado te oferece o colo, um grito de glória sem ecoar, plantar sob o rochedo, sem ter a certeza de germinar.
Sem frutificar, sem clorofila, não sustentam seus troncos sem raízes, em terreno íngreme, vidas desarrumadas, edificações sem alicerces, mudanças intransponíveis, as placas, em frente animal na pista, de manhã o descortinar da vida, teatro iluminado.
Antherport/05/9/21