CURIOSIDADES

- Sempre tive 1,76 m de altura; em 2009, ao fazer o passaporte português, baixou para 1,75 e meio. Hoje, se medir mais do que um metro e meio já fico faceiro.

- Há quem se queixe de tomar vacina contra o COVID. Quando piá, tive, em épocas diferentes, de tomar duas séries de vacina contra a hidrofobia (cachorro louco), que consistiam, respectivamente, em 21 injeções subcutâneas diárias, crescentemente dolorosas, na barriga e nas coxas.

- Quando fui para a Europa em 1967, fui de ônibus até São Paulo e, de lá, peguei outro coletivo até Santos, de onde partiria o navio Enrico C. Pouca grana, parei numa espelunca no Porto de Santos, tipo Voluntários da Pátria. Passei a noite em claro, pois o vizinho de tabique, bêbado, ameaçava esfaquear uma mulher. No almoço, em um barzinho fuleiro, um “meia-idade” borracho tomava cerveja e misturava raticida, até chegar polícia e ambulância.

- Como viajei em classe econômica, seis pessoas no dormitório apertado, banheiro coletivo, éramos os últimos a ter vez no restaurante. A fome batendo e as pessoas chegando e se aglomerando à porta. Como navios, mesmo grandes, sempre balançam, muitos vomitavam em grande estilo. Por sorte, nunca enjoei.

- Na França, portava uma carta de recomendação de Monsieur Roche de Porto Alegre para estudar e trabalhar em Instituto de Português de uma Faculdade de POITIER. Após quase dois meses, comprei passagem e para lá me dirigi, encerrando a conta de minha pensão no Quartier Latin. O tal Diretor havia entrado em férias e só regressaria bem mais tarde. Voltei à Paris, coincidentemente com a então célebre “rentrée”, quando todo mundo, férias concluídas, retornava à cidade. Não havia mais vaga na pensão ou em qualquer outro hotel a preço acessível. Ademais, estava duro. Passei uma semana dormindo na rua: metro, automóvel de conhecidos, caminhando a esmo. Mas achava tudo interessante.