CANAL NO YOUTUBE

Alguns amigos sugeriram-me criar um CANAL NO YOUTUBE. A ideia tem seu valor e provoca. Mas, cá pra nós, assumir compromisso desta monta, a esta altura do campeonato, é cansativo só de imaginar. Eles acham que poderia ter certo alcance. Até concordo, pois, com a metade de amigos que ora tenho, quando gravei ao vivo alguns vídeos pré-eleitorais aqui no FACEBOOK, em pouco tempo já tinha cerca de quinhentos acessos. É bacana, é prestação de serviço, poderia falar sobre política, direito, vacinas e as coisas mais bizarras do dia a dia, mas talvez afastasse bons amigos, passasse envolto em polêmicas desnecessárias e provocasse desgaste pessoal sem qualquer interesse próprio. A vida já está complicada, não preciso por mais lenha na minha fogueira. Prefiro agregar a dividir. O debate é bom, mas, quando muito amplo, pode virar anarquia e confusão. Se fosse um “chef de cuisine”, eu criaria um canal, mas além de ovos fritos e arroz, minhas aptidões são nulas. Esta pandemia, além da questão de saúde pública, estressou as pessoas, exaltou emoções e, consequentemente, posturas pessoais e defesas de certas causas. As relações humanas acabaram ficando por um fio, especialmente pelo distanciamento físico. Não tenho nenhum interesse em organizar baile de cobras sem perneira. Fiquemos na boa música, na boa comida, bastante vinho tinto, poemas e crônicas, família, amigos e cachorrinhos. Serra e litoral. O resto a gente administra na manha.