AOS VIROLOGISTAS DE PLANTÃO

Olha, a meu ver, pouquíssimos dominam absolutamente o tema COVID-19. Os tropeços foram vários até agora, mas os avanços incontestáveis. Se os especialistas não têm convicções inabaláveis, por que vocês ou eu mesmo, amadores dos quatro costados, estaríamos certos cientificamente? O fato de ser filho, irmão e genro de médico não me qualifica a dizer muito. Sigam o exemplo, quem sabe? É possível sempre nutrir alguma crença, para uso pessoal, é claro. A minha é a que segue. Nicotina e vinho tinto protegem. Fumo há bem mais de 50 anos, fumante pesado, mas não recomendo: nenhum filho meu fuma. Nem irmão. Muitos médicos e outros diziam que eu não iria longe. Vou fazer 75 e alguns profetas partiram infelizmente mais cedo. Já fui mais longe do que talvez merecesse. Tenho asma e rinite alérgica desde sempre. Sim, por questões de responsabilidade, tomei a CORONAVAC. Era o que havia à disposição. Nada a reclamar, pois o Instituto Butantã é um dos campeões mundiais em vacinação. O interessante é que, há um ano e meio, desde o início da pandemia, jamais peguei resfriado, mesmo sob chuva e frio, tarde da noite, passeando com os cachorrinhos no quarteirão. Não cogitaria de reforço algum. Agora, tudo pode acontecer amanhã. É importante assinalar que, se o sujeito está “bichado”, até unha encravada pode matar. Vivo bem, sinto falta de poucas coisas, mas me cuido e respeito a ciência. Espero que a ciência também me respeite, já que ela própria está em evolução. Se tens outros caminhos preventivos, sucesso! Cada um no seu quadrado. Mas, nota bem, ainda que improvável, podes estar mais para Tarcísio Meira e eu para Sílvio Santos. Não citei Glória Menezes, porque, como se diz por estas bandas, mulher é bicho doentinho, mas pouco morredor. Na verdade, acho difícil chegar a tais alturas etárias, mas, como a vida é loteria, dá para especular, ao menos por deleite. Só não aguento palpite furado – e é o que mais tem.