AS TORRES GÊMEAS

Por falta de opções, acabei assistindo novamente ao filme de 2006 AS TORRES GÊMEAS, com o Nicolas Cage. A calhar, pois, no dia 11 de setembro próximo, lamentaremos os vinte anos daquele bárbaro atentado terrorista dos aloprados da Al-Qaeda, no mais dantesco episódio a que pude acompanhar mais de perto. O WORLD TRADE CENTER, com suas duas torres de 110 andares, entre os maiores edifícios do mundo, situava-se no coração de New York, construído em 1973. Cinquenta mil pessoas nelas trabalhavam. Com o choque brutal dos dois jatos Boeing 767, as torres desmoronaram, vitimando 2.753 pessoas. O filme, além de mostrar o horror a que podem chegar os delírios da estupidez religiosa e ideológica e da covardia humana, baseado em fatos e depoimentos, narra também impensáveis atos de heroísmo e bravura de várias pessoas. Um “errado” ou simplório na vida comum, eventualmente é um bravo na situação mais aflitiva e dramática. Quando passei dez dias em New York, em 1984, vislumbrei a imponência das Torres Gêmeas, mas ali não fui. Havia um jantar a que estava convidado a comparecer no restaurante famoso, em seus últimos andares, mas, com outros dois companheiros, fomos assistir à peça EVITA no teatro da Broadway. Para compensar, subi, depois, ao EMPIRE STATE BUILDING, que tem 102 andares – e já estava de bom tamanho. Apesar de a bela cidade ser, então, perigosa à noite, em algumas áreas, era absolutamente impensável ocorrência hedionda deste jaez. Não se compara bandidagem com terrorismo, o que realmente choca é a banalização do crime de morte, o desprezo à vida, o apodrecimento de valores. Mas, cá pra nós, é mais estarrecedor ainda quando pessoas aparentemente normais, tidas como “de bem”, cometem as atrocidades de que diariamente temos notícias. Por ora, lamentemos apenas o atentado das TORRES GÊMEAS. O filme é muito interessante e real.