Obra de Gildásio Jardim conhecaminas.com
Tempo bom
Apreço e admiração pelos artistas acompanham-me desde a mais tenra idade. Eles amenizam meus dias, instigam meu olhar para o belo, percorrem pelas nuvens de minh'alma e transportam-me a um tempo lúdico, cristalino, donde se emana a mais apurada fragrância, a infância. A imagem do talentoso Gildásio Jardim, artista do Vale do Jequitinhonha, fez-me lembrar das andanças de charrete com meu saudoso pai pelas terras vermelhas do interior de Minas. Durante o nosso trajeto, ouvia suas queixas, suas conquistas, seus casos e ensinamentos entre rios, pastagens e animais pelos caminhos. Até fiscalizávamos como mestre de obras a construção de uma casa de João-de-barro . Quando o pequeno palácio ficou pronto , papai sorrindo, indagou-me se seríamos convidados para a inauguração.
Esmiuçando meus pensamentos, revejo as pontes pelas quais passávamos: fecho os olhos, uma brisa acaricia minha face, ouço o canto de um pássaro ao longe, o riozinho acariciando as pedras, contemplo a plantação de arroz e tantas outras telas que nas mãos do artista seriam as mais belas aquarelas. Abro a porteira, estamos em casa com as nossas relíquias: o mandiocal que se transformava no mais fino polvilho feito por mamãe, o balançar dos galhos do tamarineiro, a jabuticabeira em flor , as laranjeiras , os simpáticos e verdinhos quiabos, os balanços nos galhos das mangueiras e tantas outras vivências mineiras.
A lembrança que tocou minha campainha hoje foi dessa charrete que embalou meus sonhos de menina! Por falar em menina, que ninguém nos ouça, a charrete do meu pai era cor-de-rosa! Pode isso?
Esmiuçando meus pensamentos, revejo as pontes pelas quais passávamos: fecho os olhos, uma brisa acaricia minha face, ouço o canto de um pássaro ao longe, o riozinho acariciando as pedras, contemplo a plantação de arroz e tantas outras telas que nas mãos do artista seriam as mais belas aquarelas. Abro a porteira, estamos em casa com as nossas relíquias: o mandiocal que se transformava no mais fino polvilho feito por mamãe, o balançar dos galhos do tamarineiro, a jabuticabeira em flor , as laranjeiras , os simpáticos e verdinhos quiabos, os balanços nos galhos das mangueiras e tantas outras vivências mineiras.
A lembrança que tocou minha campainha hoje foi dessa charrete que embalou meus sonhos de menina! Por falar em menina, que ninguém nos ouça, a charrete do meu pai era cor-de-rosa! Pode isso?