Azul a cor mais fria
O Wendel, um colega evangélico dos tempos de faculdade, me enviou um vídeo por esses dias que dizia que o mundo dessa vez acaba, que será o Apocalipse da bíblia, que o Messias - após tantas guerras, tantas crises mundiais, tantas pandemias ao longo dos séculos: peste negra, gripe espanhola, H1N1 - resolveu, finalmente, voltar nessa pandemia em especial, nessa nossa crise atual.
Não, eu não creio. Não creio porque não sinto. E eu poderia até apelar ainda mais para a razão, mas sei que nem tudo se pode explicar através do raciocínio lógico, científico. Sei que existem coisas que apenas se sente, e, para ser sincero, apesar de nunca ter sentido de verdade, apesar disso, também desconfio da origem desse sentimento nos outros. Pois, não é porque você sente, que necessariamente existe. Por outro lado, se faz sentir, a coisa em si pode fazer sentido. Por exemplo: antes a coisa toda vazava pelo bico da minha caneta com muito mais facilidade do que agora. Agora, mesmo que eu a pressione com vontade na página em branco do caderno, os sentimentos não escorrem da mesma forma que escorriam no passado. Ou seja, naquela época eu sentia o que sentia, ou necessitava sentir o que sentia, e dessa forma sentia?
... De qualquer forma, é sempre bom ter alguma comida pra comer e cama macia pra dormir.