Um dia Leve, na leveza de um olhar.
O meu dia está cheio de espaços vazios para preenche-los de coisas boas leves e puras, que elevem a minha alma e faça o meu existir um primor aos olhos de Deus, e uma benção na terra por onde eu passar.
Na escola da vida, sou um pupilo ávido para descobrir todo um conhecer que me torne útil ao universo ao qual estou inserido.
Já não penso (não quero e tampouco insisto) entender as pessoas e/ou seus típicos modelos comportamentais, pois cada um de nós temos o que merecemos e o que trazemos em nós para esse nosso viver, e isso está intrínseco no nosso DNA em que a ciência diz que é um Ácido Desoxirribonucleico (que funciona como um portador da mensagem genética) e cada um tem o seu, pois Deus não repete pessoas. É como se fosse um RG molecular envolto em códigos de células que serve para nos identificar, atestando assim a comprovação da nossa tão abençoada criação.
Acredito no poder da criação divina que me tornara um ser vivo, (pois respiro pelo fôlego de vida que recebi ao ser criado) sem precisar obedecer a fiel (ou ilusória) crença que sou descendente de um macaco. Obviamente a ciência irá discordar de mim, assim como eu tenho o livre arbítrio de desacreditar nessa sua tese em que estes afirmam pregando há centenas de anos ser a forma mais concreto da vida humana.
Mas o meu dia, começou leve com o harmonioso som trazido pelo vento num dos giros desses pontos cardeais orientadores de rumos que nos chegam para dizer a nossa localização, amparado no apontamento para o norte conforme a certeira bussola.
O sopro do vento faz as galhas das árvores dançar, num compasso rítmico natural embalando suas folhas como se fosse uma mãe quando no seu colo acolhe um filho.
Fico estático daqui do meu quintal, observando essa orquestração invisível curtindo essa leveza tão necessária para o complemento desse nosso existir enquanto seres habitáveis num planeta, onde os mares dançam, os rios bailam por entre pedras e ramagens, e seguem abrindo valas ou filetes de sulcos para melhor passagem das outras águas que virão, pois estas que passaram, jamais retornarão ao mesmo trajeto percorrido conforme nos faz lembrar o adágio popular: ÁGUAS PASSADAS NÃO MOVEM MOINHOS.
Esse meu olhar, compreende (ou remete) a uma visão OTICA POETICA, em que embelezamos as palavras conforme o sentir do nosso coração. Para isso, basta parar tudo por alguns instantes e contemplar toda a riqueza e a beleza exposta aos nossos olhos, sem que precisemos ser experts para termos essa percepção de que tudo na vida obedece a um seguir que jamais compreenderemos.
Mas eu volto a dizer, já não penso (não quero e tampouco insisto) entender as pessoas que não comungam da mesma visão, por compreender que cada um de nós é um ser totalmente diferente e que a variação dos pensamentos é tão notória e que partindo desse prisma irrevogável, devem ser respeitados.
Aprendi nessa vida que: Mesmo que você não aceite, respeite a forma comportamental do existir de cada um. Assim, poderemos viver cada um na sua tribo, no seu mundo, na sua esfera (não numa bolha de reclusão total) mas sempre abertos para inserção, interação e dialogo que não seja com o ímpeto de mudar a opinião de ninguém.
Tinha um outro ditado que dizia assim: “QUEM QUER SE FAZER NÃO PODE, QUEM É BOM JÁ NASCE FEITO” eu desconheço a autoria, mas é exatamente assim mesmo. É coisa do citado DNA, você já vem com ele pronto dentro de você e ninguém no mundo poderia modifica-lo a ponto de você achar que a ciência supera o criador.
A formação do caráter vem com o tempo, com a vivencia, mas o seu DNA, é a cartilha da sua GENETICAFORMAÇÃO que te acompanhará pelo resto do teu viver.
O meu dia amanheceu assim, leve, livre e bonito, e cá estou absorto nos meus dizeres espargindo a paz entre todos os seres dos três reinos aos quais inseridos somos, conforme aprendemos nos nossos passos estudantis.
Que o seu dia seja leve, que seus passos sejam firmes e que a tua mente seja livre e perceptiva para as coisas belas e puras que os ventos da vida nos trazem.
Carlos Silva.
Poeta cantador, compositor, escritor, pesquisador e Mestre de Culturas populares.