Amizade com cães

Os animais são muito inteligentes, mas não sabem o que é certo ou errado; são sentimentais (conhecem o amor); agem por instinto e matam por necessidade. Os 06 animais mais inteligentes são: golfinhos, chimpanzés/orangotangos, elefantes, papagaios/araras, corvos e cães. Golfinhos, chimpanzés, orangotangos e elefantes conseguem se identificar no espelho, e ainda são capazes de aprender cerca de 3 mil palavras ou sinais.

O animal que eu mais gosto é o cão ou cachorro por ter mais contato. Gosto de falar com eles, porque eles entendem a nossa expressão, e gostam de carinhos. Especialistas afirmam que os cães podem compreender até 250 palavras, alguns numerais e até cálculos simples de matemática; e que possuem a inteligência comparada a uma criança de 2 anos de idade. Entre as raças de cães, a mais inteligente é a chamada Border Collie, cão pastoreio da Grã-Bretanha, cuidador de ovelhas e bois, e quando adestrado dá show em competições de agilidade, onde superam vários obstáculos.

A segunda raça mais inteligente de cães é a do Poodle. Eu tive uma cachorra da raça poodle de nome Lili por 7 anos, que era da minha ex-esposa, que me surpreendia bastante por sua inteligência, era minha companhia das longas caminhadas; às vezes, ela escondia um osso na ida e o achava na volta para casa. Certa vez, dei a ela um pão de queijo que caiu debaixo do sofá, (Pega Lili) ela abaixou a cabeça para ver e o puxou com a pata; ela também sabia olhar a rua pela fresta lateral do portão, o que nenhum outro cachorro meu conseguiu. Ela ficou cega do olho esquerdo e depois do direito, que ficara estufados. Morreu intoxicada de remédios no dia da final das Olimpíadas Rio 2016. Eu a acostumei a não entrar dentro de casa, e antes de morrer ela ficou parada por um tempo na entrada da sala sentido a minha presença (O que foi Lili?), foi para debaixo do carro e faleceu. O seu corpo estava flácido, coloquei-o num saco plástico e enterrei numa área verde aqui no setor.

Os cachorros são muito inteligentes, tem uma boa memória, são sociáveis e amáveis uns com os outros, e se respeitam principalmente quando estão se alimentando. Só brigam pela defesa de um território ou pela disputa de uma fêmea. Quando adotados são muito amigos de seus donos. São sentimentais, não gostam de ser maltratados; mas, perdoam facilmente, não guardam mágoas. São considerados os nossos melhores amigos e vigiam a nossa casa por prazer. E conhecem as nossas expressões de alegria ou tristeza, são telepatas; dizem que tem o sexto sentido. Gosto de fazer amizades com cachorros, principalmente com os abandonados porque são mais sofridos e carentes. Ficam alegres quando recebem a nossa ajuda. O meu irmão Edmar adotou um cachorro de rua; separou-se da mulher, mas não do seu melhor amigo.

Na minha segunda moradia, uma chácara de 3 hectares na grande Goiânia, já passaram muitos cachorros que se tornaram meus amigos. Há cerca de dois anos apareceu uma cachorra grande de cor rajada, e alguns meses depois veio um cachorro de cor bege, seu namorado e que a engravidou; fiquei sabendo que teve 7 filhotes. Quando eu chegava ambos apareciam para comer e me fazer companhia. A negona estava com uma sarna em seus pelos, passei remédio até se curar, só que ela ficou com medo de mim e quando me via saia correndo até não aparecer mais. De vez em quando eu a vejo na redondeza. O sargento se tornou meu vigia por toda a noite; tem uma cicatriz acima do olho direito, certamente resultado de uma violenta briga, e tem uma nova namorada parente de bulldog, cor preta e amarela.

Jamais vou esquecer que causei um grande transtorno ao meu amigo de 4 patas, ao deixa-lo trancado numa área de serviço onde há um fogão caipira, por 5 dias, ou seja, do dia 15-01 a 20-01-21 sem comida e sem água. Sem perceber que ele havia entrado e estava dormindo, eu tranquei a e vim embora para Goiânia. Quando eu retornei por volta das 09 ele começou a latir de alegria, abri a porta e ele saiu correndo para urinar. Estava tão ansioso que não urinou nem defecou no local, que estava com um cheiro forte característico de cachorro. Deve ter sofrido muito, mas não foi culpa minha. Foi compensado com um bom prato de comida e água fresquinha. Agora quando eu abro a porta ele se refuga a entrar. Como tem boa memória, deve ter pensado: Nessa eu não caio mais!

Goiânia, 02-01-2021

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 03/02/2021
Reeditado em 03/02/2021
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