O PESO DA LEVEZA

Por vezes a minhas palavras são de aço, o meu verso é pedra de granito e minha poesia é lasca rochosa.

Mas já tive dizeres de algodão, de leveza de nuvens, de maciez de penas de faisão.

Todavia, a vida mostrou-me a solidez do viver e o meu verso começou ser derramado em panelas de guza, tornando-se lingotes maciços na esperança que houvesse compreensão por muitos que os tem em suas mãos, esse fazeres em letras que se espalham feito larvas vulcânicas onde tento arrancar de quem os lê, uma expressão, um manifesto ou um comentário mesmo que não seja aquilo que eu queria (ou que se faça plausivel)de fato ouvir.

Depois que inventaram o CURTIR, as pessoas deixaram de COMENTAR e foram muitos os que já nem sabem porque se deve COMPARTILHAR.

Há uma omissão voluntária, ou devemos mostrar apenas a leveza poética sem intervir no que visivelmente pesa o acontecer ao nosso redor?

O mundo (que segundo a ciência) tem bilhões de anos, mas que em apenas um ano, modificou o fazer o viver, o sonhar, o prosseguir de muita gente.

Uns dizem que o fim de todo um existir está próximo, e que essa PESTE PANDEMICA MUNDIAL, é um aviso para a preparação do que dizem as sagradas escrituras mas que muitos ignoram a sabedoria do criador mas que não duvidam dos atos humanos.

Outros afirmam, que uma NOVA ERA dominadora e transformadora nos chegará de forma nunca antes vivida.

Assim, como posso falar de nuvens de algodão, se as gigantescas montanhas pintam um outro quadro do existir terreno?

Enquanto isso, vivamos revestidos de Fé, esperança, amor entre nós, entre a fauna e a flora para que haja em nós essa leveza que o pesado tempo, trouxe-nos em apenas um ano.

Foto: Sandra Regina Souza Silva

CARLOS SILVA POETA CANTADOR
Enviado por CARLOS SILVA POETA CANTADOR em 03/02/2021
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