O ÚLTIMO DIA DE DEZEMBRO É SEMPRE IGUAL AO 1° DE JANEIRO

Voltando pra casa sinto a necessidade de tirar o Torture Squade e ouvir Bartô Galeno, afim de uma ambiência mais tranquila, se bem que não há nada de calmo nos trágicos dramas de amor de cabaré do Bartô. No último dia do ano, surge a reflexão de como será o amanhã? A minha geração foi sorteada a vivenciar o pior ano da história. Uma Pandemia exterminadora, impiedosa e voraz. 2020 foi o ano do embrulho dos males, dos confrontos ideológicos, do negacionismo, do modismo do cancelamento.

O que será de nós em 2021? O que será de nós a partir de amanhã? Outras eliminações do São Paulo FC? A continuação dos decretos de restrições da atividades econômicas e sociais? As valas comuns das vítimas do Covid-19? O caos? O colapso?

Eu ainda acredito no homem (maldito é o homem que acredita em outro homem), na mudança de mente e na evolução espiritual. Podemos sim, mudar o mundo. Encontrar a cura, a paz. Já vencemos tantas coisas nessa vida. Não serei eu mais um pessimista, não cairei na lábia de Schopenhauer. Ainda sou apaixonado pela vida, pela música, pela poesia das coisas. Ainda tenho fé no ETERNO. Eu sonho sim, com uma superação em 2021, muito embora as previsões não sejam as mais animadoras. Agora começa a tocar a minha favorita do Bartô Galeno, "saudade de Rosa".

Um Feliz Ano Novo a todos os meus amigos!

Cuidem-se bem!