INDEPENDÊNCIA DO BRASIL

Dia 07 de setembro, agora, comemora-se a data. É evento importantíssimo de todo um processo político e econômico, que iniciou com a vinda da Família Real de Dom João VI, em 1808, para o Brasil colônia, trazendo a corte portuguesa para o Rio de Janeiro, e acelerou-se com a Revolução Liberal do Porto, em terras lusitanas, que pretendia recolonizar o Brasil. Importante lembrar que, desde 1815, nosso país fora elevado à condição de Reino: Reino Unido de Portugal, Brasil e Algarve. Desde então, aos trancos e barrancos, bem ou mal, desenhou-se uma nação nova. E, pouco a pouco, fomos mostrando nossa cara ao mundo. Grande destaque a José Bonifácio e naturalmente a Dom Pedro I (com seu lendário Grito do Ipiranga, em 1822). Já em 1824, a primeira Constituição do país, outorgada e monárquica. Formou-se uma nação a partir da selva, que redundou naquilo que somos, mistura de indígenas, negros escravos, portugueses colonizadores, espanhóis, italianos, alemães, árabes, judeus, holandeses e, inclusive, asiáticos e por aí segue. Preconceito racial neste Brasil, portanto, chega a ser patético. Estamos aprendendo e lentamente evoluindo – uns mais do que outros, mas o desleixo, a confusão e a malícia são componentes da genética nacional, de algum modo. Mais evidentes por estas bandas, mas presentes e vívidos em todos os recantos planetários. Seja como for, a pátria merece prestígio. Sou cidadão do mundo tanto quanto sou terráqueo. Minha certidão de nascimento diz que sou brasileiro, gaúcho, nascido em Porto Alegre. Também possuo cidadania portuguesa. Claro, para várias pessoas, isto pode não significar muito, eu respeito, afinal, a diferença nos exalta. Mas, para mim, a circunstância atesta, ao menos, história importante de vida, raízes fundas, memórias, valores, princípios, família e amigos de muitos e muitos anos. Patriotismo é isto, sem ufanismo ou fantasia. É compromisso mínimo com o meio e com os Maiores que derramaram suor para irrigar o chão nativo e agreste. É compromisso com filhos e netos, colegas, amigos, parentes. Adoro a França, mas não vou comemorar o 14 de julho, ignorando o 07 ou o 20 de setembro farroupilha. Não, não vou desfilar como nos tempos de primário e ginásio e não preciso soltar foguetes. Nem me pilchar na data magna dos Farrapos. Vou considerar dias importantes e lá por dentro aplaudir aqueles que os cultuam. Sem lágrimas ou “vivas”, apoiando os eventos patrióticos ou regionalistas, pois, neste mundo de exacerbado individualismo, vida fútil e de interesses materiais predatórios, tudo o que tem a marca de sadia manifestação cívica merece reverência.