Crônica do fim da pandemia
Estamos finalmente chegando ao fim desta pandemia que assolou o mundo nos últimos quatro ou cinco meses. Cada país tem sua história para contar. Alguns passaram pela dificuldade com galhardia, outros amargaram duras lições. O Brasil, em particular, viveu esses primeiros meses do ano de 2020 enfrentando uma das mais graves crises políticas de que se tem notícia nos últimos cinquenta anos. Nem mesmo os que viveram o plano Collor, ou a época dos fiscais de Sarney, sentiram a tensão e insegurança dos dias que antecederam esta crônica. Uma coisa nunca vista no país, acredito mesmo que nem no mundo, com a mais alta Corte do Brasil, criada para proteger a Constituição Federal, tomando medidas claramente inconstitucionais a troco de motivos torpes.
A pandemia iniciou-se na China, na cidade de Wuhan em dezembro do ano passado, propagando-se rapidamente por todo o mundo. Em 11 de março a OMS – Organização Mundial de Saúde, decretou a situação de pandemia mundial, quando já estavam com casos de infecção do vírus chinês chamado de Convid-19, em praticamente todos os países do mundo, inclusive o Brasil, que teve seu primeiro caso noticiado pelo Ministério da Saúde no dia 26 de fevereiro.
Voltando à questão mencionada no início desta crônica, viu-se uma ordem judicial, oriunda da Suprema Corte do país, determinando a apreensão do celular do Presidente da República! Em uma decisão monocrática, e baseada em meras suposições de uma denúncia vazia, feita por um ex-ministro do governo. Uma verdadeira aberração. Cogita-se nas mídias sociais até mesmo uma intervenção militar para resgatar os valores constitucionais, valendo-se do artigo 142 da Constituição. E o Presidente já disse, publicamente, que não entregaria. Está instalada uma crise institucional no país e não se sabe o que nos reserva a aurora do amanhã.
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Nota
Esta crônica foi escrita, admitindo-se que estamos vivendo o fim desta pandemia embora isto não seja totalmente verdadeiro.