JOÃO DO CAFÉ

João gostava de café. Café era para ele uma espécie de liquido mágico. O gosto amargo e a sensação de excitação o fascinavam embora o deixasse agitado. Ele bebia e sentia uma enorme vontade beber mais. E daí bebia, bebia, bebia... Parava alguns minutos, dava uma volta e voltava à garrafa, bebia novamente. Ao final do dia João havia bebido três garrafas de café.

Um dia um amigo lhe disse: - João não beba tanto café, vai lhe fazer mal, isso pode até te matar, não exagere. Você já imaginou se café embriagasse? Se fosse como pinga, você bebesse e ficasse tonto cambaleando? Ele disse: - Todos ficaríamos tonto o tempo todo, mas no meu caso é o contrário eu já sou tonto por natureza e o remédio para a minha tontura, para ficar esperto é o café. Só por isso que eu bebo. Pensa que eu gosto de café ou que sou viciado? Que nada! É só para deixar de ser tão tonto!

-Está certo João... e eu pensando que o café era sua perdição, na verdade é a sua cura. Para curar tonteira beba café feito água de torneira.

Ele riu e disse muito educadamente: - Vai um cafezinho aí?