A política da Covid-19
Em conformidade com Ministério da Saúde, a primeira morte por Covid-19 no Brasil ocorreu em 23 de janeiro tendo como vítima uma mulher de 75 anos, com comobirdades que morava em Minas Gerais, e não como foi anunciado em 26 de fevereiro, de um homem de 61 anos que mora em São Paulo, e que esteve na região da Lombardia, Itália, que deu entrada no Hospital Israelita Albert Einstein em 25-02, com sintomas de tosse seca e febre, mas se recuperou após duas semanas sem ser internado. Ainda conforme o MS, não há uma data especifica de entrada do novo coronavírus no país, pois na data do primeiro caso anunciado já havia 20 casos de síndrome respiratória aguda grave em investigação e 59 descartados.
Com a chegada e espalhamento rápido do coronavírus Sars-CoV-2 pelo país, veio também o sensacionalismo da mídia em busca de ibope, discussões vãs com não especialistas e pseudoespecialistas e ações desesperadas e negligentes de governantes em implantarem um isolamento social rígido como fechamento de escolas, de empresas e do comércio em geral sem impor o uso de máscaras e álcool na forma de gel. E com o auxílio financeiro de 60 bilhões do Governo Federal repassados a estados, ao Distrito Federal e municípios, veio a construção de hospitais de campanha não inaugurados, compra de respiradores sem licitações, superfaturados e não entregues em pelo menos 3 estados. E após as investigações do Ministério Público Federal e da Polícia Federal aconteceram prisões de agentes políticos e empresários.
É sabido que o novo coronavírus é um vírus de origem animal e que causa síndrome respiratória grave denominada Covid-19, uma espécie de pneumonia. Destruir o novo coronavírus é praticamente impossível, porque muitas pessoas infectadas são assintomáticas, não apresentam nenhum sintoma e ainda transmitem, como acontecem com o vírus da herpes e outros vírus. A Ciência não tem uma explicação porque algumas pessoas têm mais imunidade ou resistência que outras. Ainda não existe um remédio que mata um vírus qualquer, o que existe são antivirais que aumentam a nossa imunidade e inibe a multiplicação do vírus em nossos corpos. A hidroxicloroquina e cloroquina são remédios que inibem a multiplicação do vírus da febre amarela, e também são usadas para combaterem o novo coronavírus por alguns médicos; mas, por se tratar de um composto natural originário da quina, árvore do cerrado e de uso medicinal por indígenas e roceiros, sãos contestadas politicamente em nome da Ciência. (O meu pai gostava muito de usar o chá da quina, que é um santo remédio para muitos males, inclusive para problemas estomacais e caganeira). Mas, devemos contar também com uma vacina, o que não deve demorar muito, pois, há mais de 100 vacinas em desenvolvimento pelo mundo afora. A expectativa é que em menos de 1 ano já tenhamos uma vacina à nossa disposição, como já acontece com o vírus da gripe influenza H1N1.
Por ser o novo coronavírus muito contagioso há muitas opiniões e contradições até mesmo de especialistas, que, por conseguinte causam transtornos e pânico na população. O uso de máscara que antes era recomendado para médicos e enfermeiros agora é uso obrigatório para toda a população e cabível de multa em muitas cidades. Não sou especialistas, mas já li que a máscara de pano não evita a entrada do vírus por ser o mesmo microscópico e que só pode barrá-lo em meio as gotículas; mas com o contato do rosto e mãos com a máscara a pessoa pode se contaminar, como tem acontecido com profissionais da saúde. Na minha opinião, não vejo necessidade de alguém numa praia isolada, fazendo caminhada ou pedalando ser obrigado a usar máscara. Por medo da Covid-19, a maioria da população aderiu ao uso de máscara até mesmo dentro de casa. Dia desses, à tardinha, estava fazendo uma caminhada quando um carro cheio de moças mascaradas passou devagar. Uma delas disse: Ei, tio, vamos usar a máscara!
Em Goiás um professor, não especialista em virologia, mas em ecologia, da Universidade Federal de Goiás (UFG) apresentou um estudo que que o estado de Goiás teria em setembro do corrente ano cerca de 18 mil mortes pela Covid-19, caso não houvesse lockdown ou fechamento total imposto pelo governador e prefeitos. Vale ressaltar, que é um aumento mais de 1000%, tendo em vista que em 6 meses Goiás tem cerca de 40 mil casos confirmados e 1000 mortes. Com base nesse estudo, o governador Ronaldo Caiado decretou isolamento social rígido 14X14, ou seja, 14 dias de fechamento total das cidades com exceções de serviços sociais como postos de gasolina, supermercados e farmácia, e outros 14 de flexibilização. Mas dos 246 municípios goianos, só 40 aderiram ao decreto do governador.
Houve protestos de comerciantes e até a suspensão do decreto por uma juíza, que teve a liminar revogada pelo Tribunal de Justiça de Goiás. Enfim, o prefeito Iris Rezende Machado em comum acordo com governador assinou no dia 14-07-2020 um novo decreto pela flexibilização de todas as atividades públicas e privadas com medidas de segurança e higienização, sem previsão de um novo decreto de fechamento. Com a nova medida, serão permitidos a abertura de lojas, bares, restaurantes, academias, salões de beleza, eventos esportivos, parques, atividades religiosas, com exceções de escolas, universidades, boates, cinemas, clubes recreativos, shows, esportes coletivos, eventos religiosos, cívico e militares que ficarão para uma nova avaliação.
A meu ver, foi uma decisão correta, porque empregados não poder ficar à deriva e a mercê de auxílios emergenciais do Governo Federal não suficientes todo o tempo; e os comerciantes não podem fazer empréstimos sem vendas, e por isso muitos têm falidos. E, conforme as estatísticas, o isolamento social não tem surgido efeito na diminuição de novos casos de contaminação com o novo coronavírus, e a taxa de mortalidade é baixa, menor que a do vírus H1NI, e o problema são as pessoas com comobirdades ou doenças crônicas que precisam ser isoladas.
Os especialistas falam em um platô, que é quando o número de infectados e mortes irá se estabilizar. Alguns estados já chegaram ao tal platô, Goiás não. O problema do Brasil é a falta de leitos hospitalares e de UTIs, apesar do SUS – Sistema Único de Saúde – que atende toda população gratuitamente. E o mais importante no momento, segundo especialistas, são as medidas de prevenção e higienização, como uso de máscaras, lavagem das mãos com água e sabão e uso de álcool gel nas mesmas, e evitar aglomerações. E, também, os estados e municípios precisam retomar as suas economias e progredirem com benefícios à população. Enfim, se não podemos vencer o coronavírus, não vamos ficar atirando o tempo todo e gastando as nossas munições, vamos preparar um novo ataque!
Goiânia, 21-07-2020
Alonso Rodrigues Pimentel