Do lar, da rotina, do trabalho, da vida...



Dia nascido, vida despertada do sono dormido.
Começam as tarefas, de cada dia, de todos os dias.
Uns saem para os ônibus lotados. Outros, de enxada
nas costas, para enfrentar a labuta no sol.

Os que trabalham ao sol costumam dormir profundo, cansados,
após um fatigante dia produtivo, nas lidas e labutas
da vida rural. Porém acordam renovados, com o galo cantando,
as galinhas cacarejando, os pássaros gorjeando e o cheirinho
muito agradável de café coado num belo coador de pano,
à beira do fogão a lenha (hj tá mais moderno, mas ainda
alguns usam)... Ei vida difícil, mas boa de contar kkk...
São felizes e não sabem rs

Já os que saem nos ônibus, meus Deus, nem vou comentar,
é mesmo uma vida infernal, com condução lotada,
viagens demoradas, poluições diversas, trabalhos estressantes;
chegam em casa mais mortos do que vivos. E tem alguns
que ainda vão pro bar beber, antes de chegar, que é pra
ter coragem de descontar nas mulheres e filhos sua vida desgraçada.
Acordam de madrugada, com sensação que a noite não foi suficiente,
eita que isso não é bom.

Pois é, e o tal do covid, coisinha do frio, da fraqueza, das coisas
sujas, veio nos abrir os olhos para o poder do sol em nossas vidas.

Então com certeza é muito melhor ser trabalhador da roça,
andar a pé, ou de bicicleta (aqui o povo tá moderno e já anda
de moto - 'peidada' - mas andam kkk), no sol, no meio do mato,
do pasto, da lavoura, cuidando do gado, das galinhas dos porcos,
comendo comida feita no fogão a lenha. Eita vida boa, sô!

Mas lá nas grandes cidades, o povo todo amontoado nos morros,
vivendo como escravos de uma vida miserável, que os leva
a ter nada quase de qualidade de vida. E saúde então?
Vivem superlotando hospitais, morrendo nas filas, porque a
saúde tá mesmo uma porcaria... Ah! Isso é mesmo
uma coisa meio que descabida....

Daí dá aquela baita chuva forte e o que acontece?
Os alicerces não foram suficientes, o morro derreteu
e tudo abaixo..... Ah, vida cruel, que coisa mais horrenda...


Então a família mora nos apartamentos de classe média, média
alta, e quando podem, quando tem férias, vão à praia (já descobri
que tem lugares bem mais saudáveis, onde a natureza é bem
mais generosa e agradável - pelo menos não tenho problemas
com insolação do sol e do sal juntos - sol e água doce é mesmo
um santo remédio, revitalizante)...


Bom, enquanto o povo se amontoa nas grandes cidades,
prefiro a minha vida simples, sem sofisticação nem frescuras
ou pior ainda, ônibus lotados, transito travado, poluição sonora
e ar impuro = além dos rios, como o tietê que é mesmo uma
fossa a céu aberto...

Prefiro uma cidade pequena, simples, que nem shopping-center
tem = olha que bom? Mas tem rio, mata, cachoeira, que a gente
vai pra descansar e se revitalizar em meio à natureza.
Não que agora tá podendo ir nesses lugares, por conta do
covid, mas aqui em casa mesmo fico andando no meio das plantas
a tomar o meu sol abençoado de cada dia. Eita lugar bom, cheio
de sol praticamente todos os dias.

Não é perfeito, perfeito, porque de vez em quanto dá um fumace
danado, como anteontem e ontem, que alguém fez queimada em
algum pasto próximo e a cidade ficou sendo defumada kkk
Chega ardia os olhos... Ai não é bom. Mas fui logo tratando de
pensar positivo = - Que seja uma queimada como incenso (tinha
cheiro de mato - e era bom, apesar de arder nos olhos), e que
espante os mosquitos, pernilongos, muriçocas (kkk).
E assim pensei. E assim me senti. Minha casa ficou com cheiro
de incenso. E gostei rs....


Vida de gado, de massa, de povão é mesmo muito difícil.
Que Deus tenha misericórdia de todos os que sofrem pra
ganhar o pão de cada dia com a força do seu trabalho honesto.
Que realmente sejam recompensados. AMÉM!!!


Mas é isso ai, cada um está onde quer, onde pode, onde conseguiu,
e que DEUS possa ter misericórdia de todos nós. Amém!

 
Maria Tereza Bodemer
Enviado por Maria Tereza Bodemer em 25/07/2020
Código do texto: T7015954
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