SÍNDROME DE CUSHING

Minha cadelinha poodle BABY tem 14 anos, extremamente ligada a mim, cega pela catarata, com audição pequena em virtude de operação que sofreu num dos ouvidos (fechado). Muito afetiva e com um imenso apetite. Demais. Está com mais de dez quilos, não sei exatamente, mas é assaz pesada. Gorducha, é claro, até pela pouca movimentação a que está fisicamente apta. Foi recentemente submetida a vários exames: tudo bem no exame de sangue, no eletro, em radiografias. Todavia, um determinado dado suscitou a hipótese de síndrome de Cushing, que poderia explicar seu grande apetite, sede e forte aumento de peso nos últimos tempos. A Baby me ocupa bastante, por sua dependência e também por seu apego afetivo, aliás, neste caso recíproco. Ela está também, há anos, com um crescente tumor num dos mamilos, mas resisto a submetê-la a sofrimento, eventualmente desnecessário, pois não causa incômodo importante. Me arrependi de colocá-la, há bem mais de ano, à mercê do fechamento de um dos ouvidos, que lhe provocou labirintite ou anomalia do gênero, limitante a sua mobilidade. Já agendamos especialista para os competentes exames, um tanto mais complexos. Mas é um bichinho feliz, ainda que do tipo come e dorme. Conheço bem os seus chamados: água, comida, colocação mais confortável na caminha, necessidades fisiológicas ou simplesmente quando me chama e exige que eu esteja ao lado. Ela adora me lamber, sobretudo mãos e pulsos: acho que ela também é fumante. É o meu xodó canino e quero prorrogar sua vida feliz.