PATETICE NA ESTRADA

Minha filha adora as histórias de meus “equívocos” e chora de tanto rir. Já contei a trapalhada da FOTO DE PERFIL, assim como meu desfile de cueca “zorba” no Hotel Termas de Xangri-lá e algumas outras que agora não lembro. Mas tem mais uma que ainda não narrei e que se deu há poucos anos, quando eu e Andréa, numa sexta-feira à noite, fomos de carro para GRAMADO. Percorríamos um trecho da estrada em que era proibido ultrapassar. Com veículo potente, já havia ultrapassado muitas lesmas, mas, dessa feita, ficava arriscado qualquer manobra em extenso trecho estreito de rodovia. O carro à nossa frente não passava dos 70/80 quilômetros por hora e, a cada tentativa que eu fazia, tinha de desacelerar em função do movimento de quem vinha em sentido contrário. Ainda que cauteloso, estava ficando cansativo ficar assim bloqueado e muito aquém das possibilidades de que dispunha, especialmente em hora tão avançada. Muito concentrado no “andar” daquele veículo, naturalmente vi que, a certa altura, dobrou à direita e realizou um amplo semicírculo, saindo da rodovia. Muito focado, segui logo atrás, bem próximo. Só quando ele retomou a estrada, dei-me conta de que fizera um movimento gentil para me dar passagem. Como não entendi, os passageiros daquele automóvel devem ter ficado apavorados com a perseguição. Restou-nos cair na risada, diminuir bem a marcha e deixar fluir.