NA TRILHA DOS BEATLES

Mencionei em livro e crônicas, mas não entrei em detalhes, minha escapulida de Paris para a Dinamarca, COPENHAGUE, com permanência de dois dias em HAMBURGO, Alemanha, em 1967. Fui dividindo custos com mais três brasileiros, creio que de São Paulo e Minas Gerais, num Fusca preto, com enormes margaridas desenhadas nas duas portas e na capota do carro. Foi uma viagem extraordinária, em que também passamos por LIÈGE, na Bélgica. Mas o que devo narrar é que passamos uma noitada de “muita” cerveja – tanto quanto o minguado orçamento permitia – na cave em que tocaram os Beatles, que várias vezes apresentaram-se em Hamburgo, na St. Pauli, Reeperbahn, antro da grande prostituição, vitrine de mulheres, sex shops, sacanagens várias e festejos da boemia local. Até hoje me arrependo de não ter guardado algum troféu ou “recuerdo” da façanha. Fotos, nem pensar, tenho apenas uma de seis meses de peripécias europeias, no tempo em que se fazia alguma história. Foi em Paris que comprei o lançamento do LP SARGENT PEPPER’S LONELY HEART CLUB BAND, o que, hoje, não significa absolutamente nada, menos do que comprar uma camiseta em qualquer lojinha de Miami. Quando às vezes me estranham por ficar apenas em meu canto, quieto ou pensativo, eu compreendo, sou mesmo de um outro planeta.