COVID-19
Em minha opinião (pedindo vênia aos doutos), a maioria dos especialistas e gestores públicos, de praticamente todos os países, mostrou-se mais perdida do que cusco em procissão. Já ouvi de tudo. Aliás, ontem, o uso de máscara era fundamentalmente para infectados, hoje é recomendação básica para todo mundo, só para dar um exemplo. A questão da quarentena, do distanciamento social, é mais antiga do que eram meus avós; se possível fosse, a gente até mudaria temporariamente de planeta. Afastar-se de aglomerações nas epidemias, se possível, é coisa até instintiva, não demandando altos estudos científicos. Na verdade, quando surge um novo vírus como este, ninguém, absolutamente ninguém, sabe muito a respeito e as opiniões abundam, sem maior consistência quanto a combate, tratamento e cura. Muito pouca importância foi conferida à pesquisa científica e às ciências até hoje. Infelizmente. Com certeza o mundo irá mudar após tudo isto. Especialmente, quando a necessidade econômica atingir seu grau mais agudo e cruel. Se não mudasse muito, como seria o combate a eventuais novos vírus que a vida tresloucada da superpopulação agredindo a natureza e o meio ambiente acabaria fatalmente fazendo surgir? O que salvou o mundo subdesenvolvido de janeiro de 1918, até dezembro de 1920? O vírus acabou perdendo a força e sumiu: mais de 50 milhões de mortos e 500 milhões de pessoas infectadas, ¼ da população mundial. Bem, por aqui, possivelmente mais sensato seria o Exército e outras instituições levarem diretamente cestas básicas para populações carentes, notadamente em áreas mais complicadas. A distribuição de dinheiro só provoca aglomerações nefastas, assim como incômodos a pessoas simples que não têm ideia de como lidar com internet, até mesmo desembaraçarem-se corretamente nos próprios bancos. Tudo o mais, enfim, tenho encarado como mera retórica, com idas e vindas rocambolescas, que servem de novela à mídia.