O VALOR DO AUTO CONHECIMENTO QUE DÁ PAZ E VIRTUDE

O VALOR DO AUTO CONHECIMENTO QUE DÁ PAZ E VIRTUDE

Já dizia o filósofo: "Conhece-te a ti mesmo!", e talvez o mundo visse menos agreste, menos caatinga, menos sertão, menos veneno e mais perdão e aceitação. Não uma aceitação baseada no medo, mas sim no debate que converge idéias, propostas e possíveis resultados que sejam benéficos a todos ou quiçá à maioria, já que a unanimidade é burra.

Se Sansão se conhecesse realmente nos grandes propósitos que lhe foram pretendidos, não teria sucumbido a uma mera tesoura. Se Aquiles guardasse o cuidado anunciado profeticamente do seu ponto fraco, não teria sucumbido tolamente, como um pássaro com seu peito estufado ao trinado que já têm apontado a morte certeira do caçador feroz.

E o que dizer do preparo escolar, senão começando pelos recalques, ocultos na jornada sem nexo de quem frequentou os estudos, mas não percebeu as profundas mensagens dos grandes mestres, se deixando marcar pelas capas e simples sinopses, sem ao menos buscar comparar a diversidade de doutrinas, pensares e viveres, desrotulando os preconceitos, pelo simples pressupor do desconhecer o que não lhe afeiçoa, dando significância dogmática ao que de fato está sujeito ao sabor das vivências das demais mentes pensantes.

Devia sim, agir como se fôssemos uma fruta especial, no exemplo do emblemático caju, que disfarça o seu principal, que é a castanha, mas que não deixa de nos privilegiar com o néctar de sua polpa e trazer consigo não só os segredos nutricionais das amêndoas, mas a riqueza também ofertada pelo suco e nutrientes que seu apêndice nos trás, sendo um fruto nordestino que nos torna e mostra como não é fácil desvendamos o valor que tem o ensino, que precisa ser liberto e aberto aos seus contrastes e embates pra buscar formar o nosso ser, que não precisa ser como protótipo e bitolado, mas variado e rebelde, nos trazendo a diversidade do pensar e conceber, para a vida continuar, sendo humanos e não meras máquinas e robôs programados e manipulados para ser e formar escravos, uns dos outros, quando todos merecemos é viver sob a égide do respeito, que dá paz e virtude à nossa breve jornada de vida.


Publicado no Facebook em 28/11/2018