OPINIÃO SEM A VIVÊNCIA EXPRESSA POSSÍVEL PRECONCEITO, MAS NOS PERMITE BUSCAR A SABEDORIA QUE DELINEARÁ O FUTURO.
 
OPINIÃO SEM A VIVÊNCIA EXPRESSA POSSÍVEL PRECONCEITO, MAS NOS PERMITE BUSCAR A SABEDORIA QUE DELINEARÁ O FUTURO.

Quando opinamos sem vivência própria ou adquirida pelos sábios, coerentes e honestos antepassados, estamos incorrendo num risco desmesurado de não alcançarmos a sabedoria.

Nem o conhecimento almejado ou a sabedoria pretendida nunca serão alcançados, na medida que tudo está num pleno e necessário evoluir de expansões e contrações cósmicas intermitentes, como um coração que pulsa para irrigar e ser irrigado, num fluxo interminável, se olharmos o Universo com o olhar de infinitude do Criador supremo.

O ser humano, no seu atual estágio evolutivo, se acha suficientemente esperto para tudo, só esquecendo que isso exige estar preparado para as armadilhas que ele mesmo cria, mas que estão ali para capturar a si próprios, se não buscarmos a sublimação da sabedoria, pois que somos dados imaginariamente ao agir das cotias, quando roem os cocos que caem das gigantes castanheiras, no meio da equatorial selva amazônica, para se alimentar de suas sementes. Pois comem algumas e tendem a buscar preservar as que sobram para as futuras refeições, cavando buracos espalhados pelo caminho para acumular o sustento garantido. Só que nas suas lutas diárias pela sobrevivência ou fraca capacidade de memorizar criativamente o seu passado, que extrapola os seus instintos naturais, acaba por esquecer onde escondeu seus mantimentos, obrigando-a a recomeçar o ciclo do roer as castanhas.

Já o homem, numa definição genérica, por se julgar superior aos demais bichos, esquece os segredos embutidos nos mistérios da vida e da alma, que nos dá capacidade não só de pensar, mas também de intuir, de auscultar a vida que nos veio pregressa, de antes, que nos impregna de saberes e propósitos para que possamos continuar uma jornada que não é só nossa, mas que começou em tempos imemoriais, mas não deixaram de estar inoculados em nossas células e nosso espírito, exigindo às vezes que tenhamos que nos defender de nós mesmos.

Quando dizem que flechas lançadas, palavras proferidas e oportunidades perdidas não têm volta, querem mesmo é dizer que podemos até sermos vítimas delas mesmo, pelo que prudência e audácia precisam ser usadas com extrema sabedoria, para que combinemos um futuro sem preconceitos, mas com o aceite de que tudo que é feito resulta num efeito, que pode ser de pobreza ou fortuna, mas que só o tempo dirá aos que virão ou já aqui estão como brotos em evolução, que valeu a pena para o deleite da alma que nos é eterna.

E esse deleite tem que estar despido de preconceitos, de orgulhos tolos, já que todos os bolos, por mais que enfeitem os eventos de comemorações mil, só mesmo o servem como alimento, que serão lembrados pelo sabor degustado, junto ao que queremos celebrar, como uma vida que brota e dá razão ao existir não só da semente, mas de toda o ambiente e adubo que a fez vicejar.

Publicada no Facebook em 13/08/2018