69- CRONICANDO: Ainda dá tempo

O título deste texto faz referência a um livro de Mário Sérgio Cortella:"Ainda dá", o tempo foi incluso por mim.

Não o li ainda. Estou meio sem tempo. Aliáis, ando meio sem tempo, justamente por seguir o conselho do escritor. Bastou apenas o título para me provocar.

Em 2007, no primeiro dia de aula no curso de administração, no Instituto Federal de Educação,Ciência e Tecnologia da Paraíba, (faço parte da segunda turma do curso), um dos professores perguntou o qual seria o nosso alvo, o que queríamos para o nosso futuro, onde pretendíamos chegar. Quase todas as respostas estavam relacionadas ao exercício da profissão na qual nos formaríamos dali a quatro anos (eu demorei 7 anos para conseguir). Mas, quando chegou na minha vez, eu falei que queria ser um desembargador aposentado, ou professor universitário, que não trabalha, só da aula. Imediatamente o riso foi ouvido na sala. Até no último período tinha professores que se lembravam dessa minha frase e, brincando, me provocavam: não trabalhamos, né?!

Pois bem, Casado, com dois filhos, trabalhando no mesmo Instituto no qual me formei (via concurso público), e com 33 anos, resolvi fazer direito.

É numa faculdade aqui perto de casa. Não é pública. Mas, consegui um belo desconto nas mensalidades. Talvez, não esteja entre as melhores do Brasil, mas estou me dedicando bastante para superar uma provável defasagem.

Estou no primeiro período de dez. Aos 38 estarei formado, pelo menos pretendo. Qual área seguir ainda uma incógnita. Estou me interessando pelo tribunal do juri. Mas há uma vastidão de oportunidades. " O mercado está saturado..." Para administração também está e aqui estou como Administrador.

Se eu atingirei a "meta" lançada em 2007 de ser um Desembargador aposentado, eu não sei. Agora, que eu dei o ponta pé inicial, eu já dei.