O coronavírus é temporal

O novo coronavírus (2019-nCov) foi identificado no início de 2019 com o nome de Sars-Cov-2, que causa uma síndrome denominada Covid-19, uma espécie de gripe que se agrava com a pneumonia, inflamação dos pulmões e pode levar à morte, principalmente idosos com imunidade comprometida ou portadores de comorbidades, doenças crônicas.

Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS), que a classificou como uma pandemia, no mundo já são mais 180 países atingidos e 500 mil casos constatados e mais de 20 mil mortes. O epicentro da síndrome aconteceu primeiramente na cidade de Wuhan, em Hubei, na China, com mais de 60 mil infectados e cerca de 3 mil mortes. Já se localizou na Lombardia, Itália, com mais 90 mil casos registrados e mais 8 mil mortes. E se encontra hoje nos EUA com mais de 90 mil casos confirmados e mais de 1000 mortes, em 42 dos 50 estados norte-americanos, sendo o estado de Nova York o mais atingido com 15 mil infectados e 385 mortes. No Brasil, já são 3474 casos e 93 mortes. A taxa de mortalidade no Brasil é de 2,7% enquanto que no mundo é de 4%; e na Itália a taxa se aproxima de 10% consequência de uma população mais idosa.

O problema não é a síndrome que está se alastrando, mas os transtornos políticos e econômicos pelo mundo afora. No Brasil o problema político é maior devido a falta de uma cultura democrática. Outro problema é o pânico levado à população pela mídia. Há um certo exagero em nome da Ciência na doze do remédio que ao invés de curar uma doença pode matar por intoxicação. O que precisamos saber é que a Ciência não sabe tudo e que também está aprendendo; e no caso deste novo coronavírus tem muito a aprender, pois não há uma vacina nem um remédio eficaz, somente remédios para os sintomas e repouso. O que sabe é que a Covid-19 tem um período de incubação maior e sintomas mais agravantes como dor de cabeça e diarreias.

No Brasil todos os 26 estados mais o Distrito Federal há casos confirmados de coronavírus, e São Paulo é o estado mais atingido com 862 casos confirmados e 58 mortes, e o Governo paulista cogita impor o “lockdown” ou fechamento total. A maioria dos estados já decretou período de quarentena por 15 dias ou mais. No mundo cerca de 50 países decretaram período de quarentena. O isolamento total como ocorreu na China só deu certo porque foi no início da epidemia. Segundo especialistas em infectologias, a quarentena é importante no início da síndrome, porque depois da proliferação do vírus como contaminação comunitária com vários focos, não há como isolar milhões de pessoas. Sem contar que muitos vivem amontoados em casebres, em condições precárias de sobrevivência. E as pessoas precisam trabalhar, ter uma vida normal. Fechar o comércio e indústrias não é necessário, porque a maioria das pessoas é resistente ao novo coronavírus, e terá no máximo um resfriado.

Não sou especialista no assunto, mas entendo que o isolamento social de todas as pessoas não é a solução; sou a favor do isolamento vertical, ou seja, das pessoas que fazem parte do grupo risco como os idosos pela fragilidade imunológica ou com morbidades. Por outro lado, a proliferação do coronavírus é necessário para que as pessoas desenvolvam anticorpos e aconteça enfraquecimento do mesmo pela transformação. A Covid-19 assim como a gripe comum é uma síndrome temporária, por depender do clima frio que baixa imunidade das pessoas, e terá um pico ou uma curva com a mudança do clima ou estação. A maneira mais eficaz de enfrentarmos o coronavírus assim como outras síndromes ou doenças é estarmos bem alimentados, evitarmos pessoas infectadas e mantermos uma higiene pessoal adequada como lavar as nossas mãos e limpar objetos de uso pessoal. Este coronavírus não tem potencial dizimar milhões de pessoas como a gripe espanhoha, porque a realidade é outra, e há mais tecnologia e informação. Outros vírus e coronavírus ressurgirão mais potentes; por isso, temos que estar preparados. E a nossa Ciência precisa-se desenvolver com novos remédios e vacinas.

Goiânia, Goiás, 27-03-2020

Alonso Rodrigues Pimentel

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 28/03/2020
Reeditado em 13/04/2020
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