A vida real
A merda do Touch começou a dar problema na parte inferior do lado esquerdo da tela, de novo (Celular Touch Screen, celular de Lésbica, como diria um colega). Desde então, ficou impossível de usar algumas letras e sinais de pontuação, como, por exemplo, o ponto de exclamação e a letra Q. Mas, como eu sou teimoso...
Diz a lenda que quando Neal Cassady – aquele, da chamada Geração Beat – errava uma letra na máquina de escrever, não sossegava até que encontrasse uma outra palavra que se encaixasse no seu erro. Rasurar, jamais. Farei o mesmo que Neal.
Além do mais, eu também dei um tempo. Cansei desse negócio de ficar cutucando o celular o tempo todo. Cansei de ter que lidar com essas doidas que somem assim, de repente, do nada. Não sei se cheguei a comentar, mas eu estive tentando encontrar a panela da minha tampa, a gêmea da minha alma, a minha outra metade da laranja – ou quiçá, por que não, uma amizade verdadeira – em um desses aplicativos de relacionamentos. Não que eu seja totalmente simpático a essas amizades, namoros e afins, através da tela do computador ou celular. Para mim o virtual deveria ficar para aqueles que não gostamos, mas temos que lidar. Já a quem queremos bem e nos fazem bem, o passeio, o parque, a rua, a praça, o cinema, o teatro, o bar... la vida real! (Porém, muita hora nessa calma minha senhora, que tal nós trocarmos pelo menos duas palavrinhas – para dizer o mínimo – antes de partimos para o rala-e-rola, o namoro, o casamento e a porra toda?).
Olha... que me desculpem a expressão, mas como diria aquela velha máxima popular, oh! bicho danado de complicado é o bicho mulher (ou seria melhor dizer, o bicho ser humano?).
Mas enfim, do celular eu ainda não desisti, porém, confesso que já desisti de tentar entender elas, as garotas. E digo mais, acho até que elas mesmas não sabem o querem. Ou pior, muitas vezes querem e não querem, tudo ao mesmo tempo.
Claro, não dá para generalizar, pois, não devem serem todas assim (?), complicadas...