Vencendo as mortes, as mágoas, as melancolias...
https://www.youtube.com/watch?v=bUiQ00rA2Uk
Desde bem pequena me sentia um pouco triste, assim, meio que melancólica.
Não era algo que me incomodasse, mas algo que me fazia querer estar sozinha, circulando entre a natureza, nos ambientes diversos que vivemos, pois meus pais sempre mudavam, até que por fim conseguiram comprar uma pequena chácara na zona sul de SP, um lugar remoto, e maravilhoso. Ali conseguimos morar por quase dez anos. E depois eu e meu pai ficamos muito doentes. E meu pai saiu do trabalho, não pleiteou a seguridade social em favor de seu estado de saúde, a que tinha direito, apenas aplicou o dinheiro da indenização por os mais de trinta anos trabalhados, em dois comércios de móveis usados.
Mas devido a que sua saúde só piorava, seu nervos em frangalhos, o médico disse que o ideal era ele ir para um lugar afastado da cidade grande. E foi assim que ele veio conhecer RO, e por fim nos trouxe para cá, e cá estamos desde fevereiro de 1984.
O que pode nos causar dores, traumas, mágoas? O que pode fazer com que nossas mentes e corações se recolham, silenciosas? O que nos faz tão inseguros e insignificantes, a nosso próprio ver?
Então aqui neste lugar começamos nova vida. Eu tive oportunidade de conseguir um trabalho no único Banco da cidade, e nele fiquei até que passei em um concurso do TJRO, ficando nesse trabalho judicial até final de maio do ano passado. Foram 33 anos….
Aqui também eu e meus irmãos nos casamos. Sendo que eu, por duas vezes. Meus irmãos, que ainda estão vivos, porque uma das minhas irmãs já faleceu, continuam casados com seus cônjuges iniciais.
Mas eu tive que escolher entre a dedicação praticamente exclusiva da Direção de um Cartório Judicial, ao qual passei para dirigir, através de concurso interno, e posso dizer, foi um trabalho profundo, intenso, duro, cansativo, doloroso.... E meu então primeiro marido acabou por ser meio que deixado um pouco de lado.
Acontece que antes de ocupar o cargo, ele já havia me traído com a empregada. E algo dentro de mim foi murchando, e o tal do cultivar o amor, foi falhando. Aquela que cozinhava gostoso, que fazia almoços com a família, que ria, viajava.... Foi deixando de existir... e adoeceu... e ele devolveu a bela aos pais...
O que nos faz ficar tristes? O que nos magoa a ponto de não querermos mais sequer comemorar o próprio aniversário? que comprar presente para as pessoas deixa de ser uma atividade.... Que vai e dá uma x quantia e: compra você o que você quiser...
Hoje um dos irmãos do pai da minhas filhas morreu. Jovem, menos de 40 anos. Alto bonito.... O câncer foi descoberto a pouco tempo, as dores foram terríveis, mas optaram pela morfina que o coma induzido... preferiram que ele ficasse consciente até o final... e hoje de manhã o André, menino que fincou, junto com a caçula deles, a Simone, ambos brincavam com a Carla e a Camila, minhas filhas, quando eram pequenos... talvez uma diferença de cinco a sete anos, entre eles e minhas filhas. Isso me ajudava, porque trabalhava até uma hora da tarde, enquanto secretária, e a tarde estava em casa, para cuidar das coisas de dona de casa, mãe, esposa, nora, filha, irmã...
Não sei se estou conseguindo ser muito coerente, mas posso dizer que muitas coisas fizeram com que eu deixasse de cultivar muitos amores... E posso dizer que, por algum motivo, hoje isso me despertou, e vejo que estou deixando de cultivar adequadamente, o amor que devo às minhas filhas e neto...
Estou assistindo a série ANNE com E, e já estou no terceiro episódio... Algo ali, hoje, mais a terapia com a Rosália, mais a morte do André... posso dizer, me fizeram ver que eu não estou cultivando o amor que devo às pessoas, como seria o ideal, diante da pessoa exigente que sou...
Mas consigo entender o meu lado... Tantas perdas... mesmo a morte do meu pais, depois de alguns anos da primeira separação com o meu então marido, pai das minhas filhas, não foi tão dolorosa e traumática quanto a separação...
A traição e abandono sofrido foram algo fora do comum, eu me vi em profunda prisão emocional de sofrimento espiritual... acho que o era uma coisa parecida com as dores do inferno.... Tenho sequelas disso até hoje... As vezes eu sinto necessidade de explodir... e acontece de repente, sem que eu ou alguém perto de mim possa evitar.... e BUMMMM..... Acontece a crise, que normalmente dá bom show, e depois dá até pra rir do acontecido... porque graças a Deus não acontecem coisas demasiado graves...
Eu já nasci com bastante cautela neste mundo... Minha mãe disse que eu e meu irmão, mais novo que eu dois anos, eu sou a segunda, mais nova que a Tais dois anos, eu e o Valdo nascemos deixando sair primeiro um dos pés... de modo que os médicos tiveram que usar uma certa tecnologia fórceps/bíceps para fazer a 'retirada' dos bebes...
Sair de cabeça? - Nem a pau...rs - É, e minha mãe disse que eu quase nasci, desse jeito estranho mesmo, no táxi, chegaram correndo e já foi levada pra sala de cirurgia... Coitada da minha mãe: pequenina, um metro e 45 de altura, corpo estilo triângulo invertido, quando os quadris são estreitos e mais largos os ombros... acho que por isso ela era tão forte para o trabalho físico... mesmo assim, com toda a dificuldade, teve cinco filhos gerados, fora dois abortos, de poucos meses... Um cerne, a ruiva baixinha... é dura na queda até hoje, com 78 anos de idade...
Hoje é um dia que estou reflexiva... não triste... apenas pensativa, analisando as coisas que tem acontecido comigo nos últimos dias, nos últimos tempos...
São muitas as experiências; muitos os sentimentos, sensações, emoções vividos... Muita história pra contar... Posso e devo mesmo, dar muitas graças a Deus por ter me dado o dom da leitura desde sempre e me oportunizado conhecer o Recanto das Letras, para parar de escrever em qualquer lugar, e ir perdendo pelo caminho... Pelo menos aqui as anotações das minhas ideias, entendimentos, sentimentos.... vão sento registrados de maneira mais organizada...
No mais, de qualquer forma, quero agradecer a DEUS e a tudo, e a todos, por tudo o que vivi, senti, aprendi... Se hoje sou quem sou, eu só sei que posso dizer que é muito bom... Então GRAÇAS AOS CÉUS, A VIDA, A NATUREZA, AOS ANJOS, A DIVINA LUZ... a tudo.... Porque tive muitos motivos para sofrer mas nenhum conseguiu realmente me fazer infeliz... sempre fui feliz, mesmo nos dias tristes.... porque nunca me faltou a paz, sempre que à busquei, junto à meu Deus, que sempre me mandou consolo e libertação;
Se hoje estou triste é porque tive oportunidade de conviver com a pessoa querida que foi o André, que tanto foi cuidador, amoroso e amigo das minhas filhas.
DEUS TE ABENÇOE, ANDRÉ, e console sua família
e te dê um lugar de luz e calma para você continuar...
AMÉM!!!
https://www.youtube.com/watch?v=bUiQ00rA2Uk
Desde bem pequena me sentia um pouco triste, assim, meio que melancólica.
Não era algo que me incomodasse, mas algo que me fazia querer estar sozinha, circulando entre a natureza, nos ambientes diversos que vivemos, pois meus pais sempre mudavam, até que por fim conseguiram comprar uma pequena chácara na zona sul de SP, um lugar remoto, e maravilhoso. Ali conseguimos morar por quase dez anos. E depois eu e meu pai ficamos muito doentes. E meu pai saiu do trabalho, não pleiteou a seguridade social em favor de seu estado de saúde, a que tinha direito, apenas aplicou o dinheiro da indenização por os mais de trinta anos trabalhados, em dois comércios de móveis usados.
Mas devido a que sua saúde só piorava, seu nervos em frangalhos, o médico disse que o ideal era ele ir para um lugar afastado da cidade grande. E foi assim que ele veio conhecer RO, e por fim nos trouxe para cá, e cá estamos desde fevereiro de 1984.
O que pode nos causar dores, traumas, mágoas? O que pode fazer com que nossas mentes e corações se recolham, silenciosas? O que nos faz tão inseguros e insignificantes, a nosso próprio ver?
Então aqui neste lugar começamos nova vida. Eu tive oportunidade de conseguir um trabalho no único Banco da cidade, e nele fiquei até que passei em um concurso do TJRO, ficando nesse trabalho judicial até final de maio do ano passado. Foram 33 anos….
Aqui também eu e meus irmãos nos casamos. Sendo que eu, por duas vezes. Meus irmãos, que ainda estão vivos, porque uma das minhas irmãs já faleceu, continuam casados com seus cônjuges iniciais.
Mas eu tive que escolher entre a dedicação praticamente exclusiva da Direção de um Cartório Judicial, ao qual passei para dirigir, através de concurso interno, e posso dizer, foi um trabalho profundo, intenso, duro, cansativo, doloroso.... E meu então primeiro marido acabou por ser meio que deixado um pouco de lado.
Acontece que antes de ocupar o cargo, ele já havia me traído com a empregada. E algo dentro de mim foi murchando, e o tal do cultivar o amor, foi falhando. Aquela que cozinhava gostoso, que fazia almoços com a família, que ria, viajava.... Foi deixando de existir... e adoeceu... e ele devolveu a bela aos pais...
O que nos faz ficar tristes? O que nos magoa a ponto de não querermos mais sequer comemorar o próprio aniversário? que comprar presente para as pessoas deixa de ser uma atividade.... Que vai e dá uma x quantia e: compra você o que você quiser...
Hoje um dos irmãos do pai da minhas filhas morreu. Jovem, menos de 40 anos. Alto bonito.... O câncer foi descoberto a pouco tempo, as dores foram terríveis, mas optaram pela morfina que o coma induzido... preferiram que ele ficasse consciente até o final... e hoje de manhã o André, menino que fincou, junto com a caçula deles, a Simone, ambos brincavam com a Carla e a Camila, minhas filhas, quando eram pequenos... talvez uma diferença de cinco a sete anos, entre eles e minhas filhas. Isso me ajudava, porque trabalhava até uma hora da tarde, enquanto secretária, e a tarde estava em casa, para cuidar das coisas de dona de casa, mãe, esposa, nora, filha, irmã...
Não sei se estou conseguindo ser muito coerente, mas posso dizer que muitas coisas fizeram com que eu deixasse de cultivar muitos amores... E posso dizer que, por algum motivo, hoje isso me despertou, e vejo que estou deixando de cultivar adequadamente, o amor que devo às minhas filhas e neto...
Estou assistindo a série ANNE com E, e já estou no terceiro episódio... Algo ali, hoje, mais a terapia com a Rosália, mais a morte do André... posso dizer, me fizeram ver que eu não estou cultivando o amor que devo às pessoas, como seria o ideal, diante da pessoa exigente que sou...
Mas consigo entender o meu lado... Tantas perdas... mesmo a morte do meu pais, depois de alguns anos da primeira separação com o meu então marido, pai das minhas filhas, não foi tão dolorosa e traumática quanto a separação...
A traição e abandono sofrido foram algo fora do comum, eu me vi em profunda prisão emocional de sofrimento espiritual... acho que o era uma coisa parecida com as dores do inferno.... Tenho sequelas disso até hoje... As vezes eu sinto necessidade de explodir... e acontece de repente, sem que eu ou alguém perto de mim possa evitar.... e BUMMMM..... Acontece a crise, que normalmente dá bom show, e depois dá até pra rir do acontecido... porque graças a Deus não acontecem coisas demasiado graves...
Eu já nasci com bastante cautela neste mundo... Minha mãe disse que eu e meu irmão, mais novo que eu dois anos, eu sou a segunda, mais nova que a Tais dois anos, eu e o Valdo nascemos deixando sair primeiro um dos pés... de modo que os médicos tiveram que usar uma certa tecnologia fórceps/bíceps para fazer a 'retirada' dos bebes...
Sair de cabeça? - Nem a pau...rs - É, e minha mãe disse que eu quase nasci, desse jeito estranho mesmo, no táxi, chegaram correndo e já foi levada pra sala de cirurgia... Coitada da minha mãe: pequenina, um metro e 45 de altura, corpo estilo triângulo invertido, quando os quadris são estreitos e mais largos os ombros... acho que por isso ela era tão forte para o trabalho físico... mesmo assim, com toda a dificuldade, teve cinco filhos gerados, fora dois abortos, de poucos meses... Um cerne, a ruiva baixinha... é dura na queda até hoje, com 78 anos de idade...
Hoje é um dia que estou reflexiva... não triste... apenas pensativa, analisando as coisas que tem acontecido comigo nos últimos dias, nos últimos tempos...
São muitas as experiências; muitos os sentimentos, sensações, emoções vividos... Muita história pra contar... Posso e devo mesmo, dar muitas graças a Deus por ter me dado o dom da leitura desde sempre e me oportunizado conhecer o Recanto das Letras, para parar de escrever em qualquer lugar, e ir perdendo pelo caminho... Pelo menos aqui as anotações das minhas ideias, entendimentos, sentimentos.... vão sento registrados de maneira mais organizada...
No mais, de qualquer forma, quero agradecer a DEUS e a tudo, e a todos, por tudo o que vivi, senti, aprendi... Se hoje sou quem sou, eu só sei que posso dizer que é muito bom... Então GRAÇAS AOS CÉUS, A VIDA, A NATUREZA, AOS ANJOS, A DIVINA LUZ... a tudo.... Porque tive muitos motivos para sofrer mas nenhum conseguiu realmente me fazer infeliz... sempre fui feliz, mesmo nos dias tristes.... porque nunca me faltou a paz, sempre que à busquei, junto à meu Deus, que sempre me mandou consolo e libertação;
Se hoje estou triste é porque tive oportunidade de conviver com a pessoa querida que foi o André, que tanto foi cuidador, amoroso e amigo das minhas filhas.
DEUS TE ABENÇOE, ANDRÉ, e console sua família
e te dê um lugar de luz e calma para você continuar...
AMÉM!!!