Somos todos loucos

Há um provérbio português que diz: De médico, poeta e louco, todos nós temos um pouco. Eu, particularmente, tenho um pouco de loucura. Na verdade, a vida pode nos levar por dois caminhos, sendo um bom e outro ruim. O caminho bom é o da sabedoria, que adquirimos com nossas experiências. O caminho ruim é o da loucura, o oposto da sabedoria, ou seja, o contrário da razão e dos bons costumes. As más companhias e falsas doutrinas também nos levam à loucura.

No meu entender, loucura é tudo o que não é normal, que é contrário à natureza e ao bom censo. A loucura é um caminho incerto e irresponsável. Existe a loucura causada pela ignorância e a loucura consciente, onde a pessoa está ciente de suas atitudes, como matar alguém por motivo fútil. Vícios e pensamentos ruins nos levam à loucura, ou descontrole emocional e psicológico.

Muitos fatores podem nos levar à loucura, como o envolvimento com pessoas ruins; a falta de uma boa religião, e a falta de uma boa educação e cultura adequada. Até a ociosidade pode nos levar à loucura. Em outras palavras, a loucura é uma doença mental que afeta os nossos pensamentos e sentimentos e nos torna inquietos e, às vezes, violentos. Por isso, uma pessoa louca jamais é confiável.

Ainda não catalogaram todas as doenças mentais nem a cura das mesmas. A maioria das doenças mentais não são constatadas em exames psiquiátricos, e são tratadas por psicólogos e religiosos. Às vezes, um trauma na infância ou adolescência pode causar um transtorno mental. Até uma frustração amorosa ou brigas domésticas pode causar uma doença mental, que começa com uma ansiedade e passa por neuroses.

A loucura não escolhe classe social nem faz acepção de pessoas. Há pessoas formadas e até cientistas que se tornam loucas. Há pessoas na política, no funcionalismo e na alta sociedade com problemas mentais, que são internadas e toma remédios controlados. A loucura é uma equação ou um problema sem solução. A loucura é uma ilusão que se torna desilusão. Ser louco ou louca é ser anormal, é viver fora ou à margem da realidade. O problema são as pessoas loucas vivendo na sociedade como normais e que num momento de fúria revelam as suas insanidades causando prejuízos às pessoas normais.

Para mim, qualquer pessoa fora do normal ou incomum não é normal; por exemplo, que gosta de comer terra não é normal; alguém que não respeita a própria sexualidade nem a de outras pessoas e pratica o fetichismo, a pedofilia ou a tara por alguém do mesmo sexo não é normal. As fobias, medo exagerados de certas coisas, não são normais. O incesto, casamento entre parentes do primeiro grau não é normal. O canibalismo, ato de comer carne humana não é normal. A violência e criminalidade não são normais.

Enfim, não tenho uma formação psiquiatra nem psicológica para definir o que é loucura, mas como religioso entendo que loucura é um transtorno de personalidade para o mal que gera reações adversas e prejudiciais a própria pessoa e à sociedade. O louco ou louca quando se torna ofensivo precisa ser internado (a) num manicômio. A loucura pode ser genética ou advinda de vícios em álcool e drogas, ou do convívio com pessoas anormais. Qualquer loucura pode ser tratada antes de se tornar crônica. Entendo ainda que o remédio mais eficaz para se tratar qualquer forma de loucura é a fé em Deus e a paz de espírito advinda do amor ao próximo e a si mesmo.

Goiânia, Goiás, 09-01-2020

Alonso Rodrigues Pimentel
Enviado por Alonso Rodrigues Pimentel em 10/01/2020
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