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      Da leitura para a escrita



 
     Sempre fui uma leitora assídua e a literatura me acompanha desde a infância. Escrever não era muito a minha praia, mas quando resolvi cursar Letras na universidade, meus colegas de curso me apresentaram o site: "Recanto das Letras" e foi exatamente à partir daí que meu mundo para a escrita se abriu, e comecei, aos poucos, a escrever e interagir por aqui. Isto já faz quase dez anos. Este espaço literário foi um grande incentivador para o desenvolvimento do hábito de escrever. Interagir com os colegas também foi uma situação nova para mim.  Visitar as escrivaninhas dos poetas e/ou escritores também foi uma nova experiência. É sempre muito bom interagir com as pessoas e conhecer um pouco sobre como pensam e se expressam, e a escrita é fundamental nessa hora. Muitos aqui no Recanto já são conhecidos de longa data.
     Não sou de compor muito, mas o que eu escrevi, me fez pensar seriamente em produzir um livro. O meu primeiro livro. E foi exatamente o que eu fiz. Diante do sonho, vieram os primeiros passos em transformá-lo em realidade.
     Não pensei em fazer muitas pesquisar por Editoras, primeiramente me dirigi ao próprio site do Recanto das Letras para saber como seria o processo de produção, quantidades, custos, capa, tipo de papel, revisões, formatações, registro do livro, entre outras coisas.
     Eu já sabia que não seria barato fazer um livro. Mas os custos são realmente altos se forem poucas unidades a serem produzidas. E depois de várias conversas e planejamentos, o que seria no primeiro momento apenas 50 unidades, virou 300, com a finalidade de reduzir os custos dos mesmos.
     Cheguei a fazer uma consulta a uma amiga aqui do Recanto, a querida escritora e poetisa Norma Aparecida Silveira Moraes, sobre as vendas dos livros, a fim de saber de fato, onde eu estava me metendo. E ela me informou a real, como eram as coisas, ou seja, uma tarefa nada fácil, afinal cultura no Brasil além de caro, vender livros é como vender picolé no Alasca!
     Diante disso eu pesei os prós e os contras e resolvi produzí-lo mesmo assim. Meu maior objetivo, além de ter o meu  livro físico, poder folhear as páginas, poderia levar para onde eu quisesse, divulgar a minha arte, para pessoas que não frequantavam estes espaços literários, e, sobretudo, deixar para a posteridade algo de concreto ao passar por essa vida, que ficasse para o mundo depois que eu partisse.
     Resolvida a questão, mãos à obra, comecei as negociações com a Editora, assinei o contrato, paguei pela produção, fiz e refiz tudo, várias vezes, até ficar do jeito que eu queria. No início o livro teria mais de 200 páginas e descobri que produzir acima de 150 ficaria muito mais caro, então tive que fazer cortes, repaginar tudo, até que coubesse dentro desse propósito, as 150 páginas. A capa foi outra história demorada, fizeram e refizeram a capa umas três veze, até que finalmente, chegou onde eu queria.
     Após toda essa reformulação e tudo pronto, esse processo levou seis longos meses, desde a ideia inicial até a produção dos livros, propriamente dito, no final de setembro ficaram prontos e foram entregues a mim pela Editora.
     Quando peguei o primeiro livro em minhas mãos, quanta emoção, vivi, revivi, todo o processo e, afinal, eis que o livro estava bem aqui, pronto para ser vendido. A esta altura eu já havia calculado todos os custos e pensado em valores. Uma coisa boa que veio com a produção do livro pelo Recanto, foi ganhar um ano de assinatura do site do Escritor, isso foi um bônus, e pela primeira vez, desde que entrei aqui no site, pude ver onde eu era lida, pessoas de outros países vinham à minha escrivaninha para ler os meus escritos. Foi uma verdadeira surpresa saber que eu tinha leitores em vários países, como: Canadá, EUA, Portugal, Holanda, Nigéria, Coréia, Alenhanha, entre outros. Pensei com os meus botões: muitos são brasileiros com saudades da terrinha. Que coisa boa!
     Voltando à divulgação e venda propriamente dito. Esta tarefa não é nada fácil mesmo. Tem a divulgação no Recanto, na página do escritor e nas laterais do site. Mas lhes digo, mesmo o site tendo três milhões de acessos por mês, não ajuda quase nada nas vendas.
     Então tive que criar outras estratégias de venda. Sites de livrarias também não são bons para isto. A concorrência é muito grande. Além dos custos altos dos livros, ainda tem a taxa para entrega, ou seja, fica mais caro ainda.
     Descobri enfim, o "meu mercado" para vendas. Como sou da área da educação, uma área grande e um mundo pequeno, onde todos se conhecem, de certa forma, foi onde consegui com a divulgação da minha obra, começar a realmente vender os meus livros. O boca à boca funciona maravilhosamente bem neste caso.
     Fiquei muito satisfeita com os resultados que consegui com o meu livro em 2019. Agora em 2020, assim que as aulas voltarem, continuarei com a minha campanha de vendas na área da educação, que é um mercado enorme. Afinal literatura tem tudo à ver com a área, e tenho várias escolas ainda para percorrer. O caminho é grande e vasto.
     Amigos e familiares também contam nesta história, ajudam muito comprando e divulgando em seus sites. Coloquei o meu livro em bancas de jornais. Estou tentanto de tudo para aumentar a divulgação.
    O que aprendi em 2019 foi muito enriquecedor, em todos os aspéctos. Fui chamada para dar palestras sobre "Literatura e a arte de escrever". Tudo veio somar nesse caminho que está apenas começando.
     Enfim, eu quis dividir com vocês este processo todo, que envolveu a realização do meu sonho em 2019. Um sonho que valeu cada etapa, cada pedra no meio do caminho, e que digo, vale muito à pena correr atrás dos nossos sonhos.


                              Sandra Rosa




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Vai a dica:
:) Quem não conhece, vale muito a pena conhecer a escrivaninha da Norminha!!





 
Sandra Rosa
Enviado por Sandra Rosa em 05/01/2020
Reeditado em 08/07/2020
Código do texto: T6834756
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