Palavra Solta – o passado mata
Palavra Solta – o passado mata
*Rangel Alves da Costa
Certas pessoas tudo fazem para não olhar pra trás e, no passado, avistar tudo o que foi feito. E avistando o presente, compreender que nada foge daquilo feito no passado. É que a história da pessoa não vai sendo apagada por desejo próprio. Tudo o que foi ressurgirá como prêmio, bom ou mal, pela ação. E mais: o bem-estar espiritual de hoje ou o mal tomando todo o ser, nada mais que consequência daquilo feito um dia. Não pode esperar nada bom na vida quem nunca fez nada bom na vida. Não pode esperar ter paz aquela pessoa que tirou a paz de muitos. Não pode ter verdadeira felicidade aquela pessoa que semeou a infelicidade em outras pessoas. Quem não espere um futuro bom quem tem prazer em trair, em viver mentindo, em viver com máscaras e com fingimentos. Não espero nada de bom aquela pessoa que outra coisa não fez e faz na vida senão dar uma de esperteza, e na esperteza viver dando rasteira em quem passar em sua vida. Mesmo que se ache acima de tudo, seu túmulo vai sendo aberto pelas próprias mãos, e assim porque o passado mata. E vai matando aos poucos, não só pela alma doentia, mas pelo remorso e pelo que não dá nada mias certo. A simples retribuição pelo mal feito. Desse modo, quando a pessoa sentir que tudo vai desandando ou que algum mal desconhecido lhe acomete incessantemente, basta olhar pra trás. Ao olhar terá a certeza de todo o mal que já praticou e que agora, na terra mesmo, está começando a pagar.
Escritor
blograngel-sertao.blogspot.com