NATAL LUZ EM GRAMADO
Como frequento com certa regularidade GRAMADO, há mais de 15 anos, e tenho por lá apartamento, do qual se vai rapidamente ao centro, a pé, até com os cachorrinhos, há cerca de seis anos, naturalmente sou mais crítico e menos tolerante em avaliações. Em minha opinião, as óperas a céu aberto no Lago Joaquina Bier, não repetem a qualidade e a vibração do espetáculo NATIVITATEM. É bonito, artístico, caprichado, mas tornou-se um tanto quanto morno. O pessoal curte, aproveita, mas, neste feriadão de 15 de novembro, apreciei algumas passagens da novidade, depois saí do ar, sem muita empolgação. Como 2019 não foi pródigo em feriadões, como parece que será 2020, nunca tinha visto tanto movimento em Gramado: gente e automóveis demais. Residindo próximo a quase tudo, movimentei-me a pé, sem estresse, o tempo estava bem favorável e fez frio à noite, a ponto de acender a lareira sexta e sábado. Quem curte a mobilidade Gramado/Canela teve de se submeter ao sabor do trânsito. Estava até relativamente complicado enfrentar o fluxo de turistas nas ruas e calçadas apinhadas. Nossos horários de almoço refogem aos horários de pico, mas uma determinada espera foi inevitável, por sorte, nada desconfortável ou enervante. Mas é aquela coisa: se você quer vida pacata, fica na Capital mesmo ou vai para uma cidade pequena e calma do interior; se, ao contrário, busca novidades, ação, um panorama mais denso e trepidante, então Gramado e Canela oferecem o diferencial. De minha parte, acho interessante a diversidade, mas cultivo a rotina do meu espaço. A agitação é bacana, mas prefiro ver de longe, tomando o meu vinho.