Já estamos no Carnaval
Já é carnaval, a maior festa popular do Brasil, que acontece há mais de 300 anos, vinda de Portugal. No início, eram brincadeiras existentes no Rio de Janeiro. A maior atração está nos desfiles das escolas de samba, em que a cultura brasileira (ou regional) é retratada. Há mulheres bonitas e seminuas. Turistas de todo mundo vêm assistir nosso carnaval.
Tudo se transforma num mundo de fantasias. O povo esquece a crise e cai na folia, ao som do samba, frevo, maracatu e outros ritmos. É onde acontece o inverso, isto é, as pessoas se revelam. O pobre se transforma em rico, o rico em pobre. O homem se veste de mulher, a mulher de homem.
Lixo e luxo se confundem na passarela. Nudez não é imoralidade. Nudez é sinônimo de pureza. Existe a liberdade de expressão. Não se pode confundir liberdade com libertinagem. A beleza (em todos os sentidos) deve ser preservada. Carnaval é festa artística, é teatro. É preciso se conter; outros carnavais virão.
(Texto de minha autoria publicado no Jornal O Popular, sem cortes, seção Cartas dos Leitores, Goiânia, Goiás, 19-02-96)