NÃO VOU PARA MÔNACO
Após rever as belezas de Mônaco/Monte Carlo em um filme, expliquei à mulher minhas razões para não incluir a cidade-estado mediterrânea em viagens já feitas ou idealizadas. É coisa bem minha e sem vínculo com os tempos de jovem aventureiro e arrojado. Sempre seria agradável visitá-la, conhecê-la, não é este o ponto. Aliás, igual raciocínio vale para outros paraísos análogos. Como uma viagem turística não é barata para nós, detentores de moeda muito fraca, prefiro sítios turísticos em que eu possa, sem maior constrangimento, levar vida boa, “participar da festa”, não ficar babando na “coreia”, se é que me entendem. Claro que tem muito a ver com a faixa etária do indivíduo, mas, sobretudo, com seus hábitos e temperamento. Não acho mais tão agradável acomodar-me em hotel em que não desfrute de certo nível de conforto, deixar de frequentar restaurantes que me atraem e comer o que há de melhor, sempre com boa bebida, é claro. Não falo em luxo, pois isto não desfruto nem por estas bandas e nem faço questão: não é o meu mundo. Mas deixar de fazer um belo passeio, pedir um prato baratinho, poupando na bebida, negativo, prefiro até viajar para cidades do interior ou ficar em casa mesmo. Há quem destaque altos valores para a viagem de suas fantasias. Sou cauteloso e acho que o turismo não pode afetar a existência comum, regular da pessoa e seus diversos prazeres, alguns onerosos. Como não jogo na loteria, não será nesta encarnação que pretendo sacrificar dez ou quinze dias de ilusão. Nem levando os três cachorrinhos. Não vai nenhuma crítica a quem pensa e age diferentemente, mas é assim que encaro a vida. Postem fotografias ou vídeos, que eu curto bastante.