QUEM NASCE POBRE ...

QUEM NASCE POBRE é necessariamente

miserável, bandido?

Não precisa, ou não deve, trabalhar e estudar? ...

POR CONTA DO COMENTÁRIO abaixo, fui pesquisar,

para melhor comentar:

"22/10/2019 16:14 - Shila Kalmi

Boa noite, Maria Tereza. Sociedade justa ? Civiizada ?

Atirando do alto pra matar crianca negra favelada ?

O Br e um dos paises q mais mata.

Negros, gays, mulheres. Publica meu comentario, nao.

Faz de conta que da pra aprender sua formula.

Olha o cara ai em cima. Receita certa para nossa efemera vida.

Ele nasceu pobre ? Nos nascemos pobres ?

Voce vai dizer que a classe media e a normal ?

Vc mora num pais em que ha muitos pobres do que classe media,

e esse recantinho e so um pedacinho. Uma porcentagem imensa nao sabe ler. Faz um favor. Nao comente nada meu.

O Br do qual faco farte tem pobres, e me orgulho disso." (sic)*

Para o texto: A nossa consciência (T6776326)

RESPONDENDO AS PERGUNTAS:

Como todos os países do mundo, o Brasil, de dimensões continentais,

ou seja, muito grande, com muita diversidade de gentes, de costumes, de climas, de pensamentos, de tradições, não anda na contra-mão da civilidade: desde o seu 'descobrimento', há mais de 500 anos atrás, ocorreram mudanças substancialmente importantes. Basta dar uma lida na história para constatarmos isso. Quem duvida que vai atrás de saber!

Mudanças que trouxeram o Brasil a uma sociedade moderna, que apsar de não ser profundamente justa, caminha com o sistema democrático em ampla explanção, podendo as pessoas ponderar (ou apenas se insurgir) sobre suas ideias, ideais, opiniões, pensamentos.

E é isso que vemos acontecendo no Brasil, atualmente praticamente sem censuras, a não ser aquelas que a Lei e os costumes cobram com mais veemência. Não é o que vemos nos noticiários, nas redes sociais, nas ações judiciais e nas delegacias que existem em nosso país?

Há uma diferença em nascer pobre, e trabalhador, e ser pobre, e criminoso...

Se eu nasci pobre? Se considerarmos que pobres são pessoas que precisam trabalhar muito para terem uma subsistência melhor, sim, nasci pobre, estudei em escolas e Universidade Pública, graças a Deus!

Trabalhei como babá e empregada doméstica em casa de famílias de classe média alta, morava na periferia de São Paulo capial, Zona Sul, longe do grande centro paulista (graças a Deus, também).

Tive infância com disciplina e educação para o respeito a mim mesma, minha família, devendo respeitar a propriedade alheia, os mais velhos, os líderes, como professores e dirigentes da igreja. Respeito, ordem, estudo e trabalho, eram os encaminhamentos pelos quais eu e meus irmãos, e os membros das comunidades por onde passei, recebemos.

Nos tornamos pessoas honestas, trabalhadoras, cumpridoras de seus deveres como cidadãos de uma sociedade capitalista, onde quem trabalha, estuda, respeita as leis, consegue chegar numa vida de qualidade, sem privações desnecessárias, como acontecia antes da democratização de nosso país.

Se BOLSONARO, o atual presidente nasceu pobre?

Bem, diante desse questionamento, fui pesquisar, e cheguei a uma reportagem, cujo link deixo para quem quiser ler mais,

e trago ao meu texto, o que segue:

Reportagem de Ingrid Fagundez

Enviada da BBC News Brasil a Eldorado (SP)

"Bolsonaro: a infância do presidente entre quilombolas,

guerrilheiros e a rica família de Rubens Paiva"

" 'Eles eram muito pobrezinhos',

diz Lúcia, ex-vizinha dos Bolsonaro,

sobre a família"

"Para encontrar vestígios do presidente em Eldorado, no interior de São Paulo, onde ele morou dos 11 aos 18 anos, é necessário olhar para além do espaço. É preciso recorrer à história.

Naquela praça, em 1970, o guerrilheiro Carlos Lamarca baleou três pessoas em um tiroteio com a polícia militar... Enquanto Jair, então

com 15 anos, corria para casa. O adolescente, que havia saído da escola, testemunhou de perto a operação de caça a Lamarca, que o levou a alistar-se no Exército.

"(...)

Nos anos 1970, a situação era mais dramática. O emprego fora de Caraitá era escasso e o dinheiro, difícil. As famílias pobres se viravam como podiam: pescavam, vendiam produtos de porta em porta, cuidavam de fazendas.

"No caso dos Bolsonaro, o patriarca Percy Geraldo Bolsonaro trabalhava como dentista prático: fazia extrações, obturações, próteses, mesmo sem ter instrução universitária. Percy era a única opção numa comunidade sem dentistas e chegou a ser indiciado em inquérito policial por "exercício ilegal de medicina, odontologia ou farmácia", mas foi absolvido em 1973.

"Boa parte das pessoas entrevistadas em Eldorado teve dentes extraídos por Percy, de quem lembram com carinho. "A gente era muito humilde na época, então os dentes iam estragando e o pai mandava tirar", conta a vice-diretora Nilzilene. "Geraldo era uma pessoa maravilhosa. Quando eu tinha uns 8, 9 anos, fui tirar um dente com ele. Depois que acabou, ele disse para minha mãe: 'Agora leva a menina pra tomar um sorvete'."

"Apesar de trabalhar muito, os ganhos de Percy Bolsonaro nem sempre eram suficientes para sustentar a mulher e os seis filhos. Fumando um cigarro atrás do outro no pequeno consultório, às vezes ficava até tarde da noite com o 'buticão' – um grande alicate de ferro – em mãos, arrancando molares. Ao final do serviço, era compreensivo com os clientes que não podiam pagar: quem não tivesse dinheiro, que desse galinhas ou porcos.

- "Eles eram muito pobrezinhos, milha filha", diz Lúcia Lima Melo, de 72 anos, do portão da casa onde mora há 47 anos, ao fim da entrevista com ela e seu marido, Reinaldo. Durante anos, eles foram vizinhos dos Bolsonaro, e Reinaldo tornou-se amigo de Percy.

"Na conversa com a BBC News Brasil, ele contou que o dentista prático era conhecido por seu senso de humor e educação. Era atencioso, mas também não perdia a piada. Chamava os conhecidos de "morfiosos", outro jeito de dizer "leprosos", explicou o vizinho. Reinaldo riu ao lembrar as tiradas do amigo, como quando ele repetia que "preferia ter as filhas todas prostitutas do que filhos viados".

- 'Eles eram muito pobrezinhos', diz Lúcia, ex-vizinha dos Bolsonaro,

sobre a família

"Quantos quartos têm ali?", a reportagem pergunta a Lúcia, ainda no portão. A antiga casa dos Bolsonaro, hoje pintada de azul claro, é a próxima, à direita.

- 'Acho que só dois', ela responde, olhando para o lado.

- "Então a casa era pequena para a família", a reportagem diz.

"- Eles não tinham dinheiro, não", ela abaixa a voz. "Não faltava comida, mas bens eles não tinham: carro, casa. Eram pobres mesmo. Mas que bom que graças a Deus chegaram onde chegaram, né", ela sorri por entre as barras de ferro.

Para ajudar em casa, Jair pescava e buscava maracujá no mato para vender, além de descarregar caminhões de adubo e, numa brincadeira cheia de desejo, procurava ouro nos ribeirões pela madrugada.

Vivendo no aperto, a maioria da população precisava coexistir com a riqueza dos Paiva, numa convivência descrita como amigável por alguns e distante por outros. Os últimos argumentam que a relação era boa só para os "puxa-sacos" da família, muitos deles membros da Igreja. Como Aracy, mulher de Jaime, era católica fervorosa, padres e coroinhas que iam rezar missa na fazenda acabavam se aproximando do casal Paiva.

"Fui amigo dos netos de Paiva. Conheci Rubens Paiva, convivi com Marcelo e os irmãos", diz Antônio Avelino de Melo Cunha, policial aposentado e dono de uma pousada em Eldorado que hoje mora no litoral paulista.

"Na época, eu era coroinha e ia rezar missa na fazenda. Doutor Jaime e Dona Ceci (como Aracy era chamada) me convidavam para almoçar ou jantar com eles. Aí foi estreitando nossa amizade. Eu usava o lago para brincar, tinha um aquaplano. Ficava na piscina, tocava violão. Era uma fazenda-cidade.")) (...)

/// Texto trazido de pesquisa junto ao endereço:

https://www.bbc.com/portuguese/brasil-46845753

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* (sic) - significa que foi transcrito na integra, como escrito...//