SOBRE MULHERES
As mulheres sempre me fascinaram e até hoje fascinam. Em vários sentidos, sem qualquer veleidade de objetificá-las. Portanto, posso considerá-las troféus, tanto quanto elas podem assim considerar vários homens ou qualquer um deles. Não é questão de beleza, coisa física, mas também de alma, de complementação, de vida feliz, de desenvolvimento pleno. Não vou entrar no terreno da homo-afetividade: não alimento preconceito, só não é a minha praia. Vou ficar no papai-mamãe do Testamento que aprendi no Colégio, naquela linha clássica do Adão e Eva, com serpente e fruto proibido. Doce expulsão do paraíso: muito humano e pouco celestial. Tirante convenção social, quando um homem, ou uma mulher, respeitosa e legitimamente, aprecia a outra pessoa, demonstra atenção e devota bons sentimentos, acontece uma verdadeira ode à vida, mesmo que não signifique concretamente nada. A malícia só vale quando é recíproca e assumida. Já é outro papo. Nem cogito, neste passo, de amor platônico, mas somente de amizade, admiração, especial apreço. Um homem não está condenado a ter afinidades apenas com outros homens, tanto quanto as mulheres. Há preconceitos e melindres bobos nesta área. É claro, não se deve dar sopa para o azar, mas, salvo para pessoas com baixas defesas, a confraternização é da natureza humana. De minha parte, sempre achei as mulheres ótimas, talvez, quem sabe, por carregar algumas tinturas de sentimento edipiano, já que sempre considerei minha mãe extraordinária, por mais que a tenha eventualmente criticado. A verdade é que alguns filmes eu assisto mais pelo olhar, carisma e jeito de ser da protagonista do que pelo próprio enredo. Gosto muito da minha querida mulher, não estou cometendo nenhum pecado mortal, apenas transparecendo o que afirmei desde o início do texto: as mulheres são a seiva da vida. Só lamento não ter uma netinha para mimar.