O exemplo de meu tio Antônio
Mimoso de Goiás é um município do Brasil, do estado de Goiás; tem uma população em torno de 3 000 habitantes. Limita-se com Niquelândia, Padre Bernardo, Água Fria de Goiás e Vila Propício. Em 1975, foi desmembrado do município de Niquelândia por se localizar distante. Em 1980, foi anexado ao município de Padre Bernardo. E em 1987 conseguiu a sua emancipação.
Os meus avós maternos Febrone José Martins (1915-2004) e Santina Lucas de Almeida (1920-1977) nasceram em Bebedouro, povoado de Mimoso de Goiás e tiveram 5 filhos e 3 filhas, a saber: Bregídio (1935), Senhora (1937-1972), Senhor (1939), Conceição (1940-2003) minha mãe, Otaciana (1943), João (1945), Egídio (1947-1992), e Antônio (1957-2019).
O tio Antônio era meu contemporâneo, meu amigo. Quando pequeno passava as férias de final de ano e feriados no sítio de meus avós, onde junto com meu tio e primos nos divertíamos andando a cavalo, nadando, pescando e fazendo estrepolias. O meu tio era benquisto por parentes e amigos e se elegeu vereador por duas vezes, e se tornou influente na região ao requisitar recursos e benfeitorias à população mimosense.
No dia 10 do corrente mês o meu tio Antônio curtiu uma crônica minha aqui no Facebook, e sempre curtia o que eu postava. No dia 11 tive a triste notícia, a de que o meu tio sofrera um grave acidente enquanto colocava uma tabuleta no focinho de um bezerro para o mesmo desmamar. Dizem que o meu tio recusou ajuda de alguém para segurar o bezerro e foi encontrado caído no curral com um pequeno corte na nuca, teve a língua puxada e voltou a conversar meio grogue e sonolento. Foi levado às pressas para a cidade de Padre Bernardo e encaminhado ao Hospital de Base de Brasília, onde entrou em coma e teve a morte confirmada em 16-09-2019.
O meu tio deixou a esposa Ana Das Dores Lucas Martins, que também foi vereadora em Mimoso de Goiás, 02 filhos e 02 filhas. Compareci em seu velório junto com meu irmão Afonso e minha irmã Deusa, onde havia cerca de mil parentes e amigos. O meu tio poderia ter vivido e realizado mais na vida pública e privada, mas deixa um legado, um bom exemplo a ser seguido. Como disse a minha tia Ana das Dores, foi um bom filho, um bom pai, um bom marido, um bom político e acima de tudo amigo e acolhedor. Deixei os meus pêsames. Que Deus o receba de braços abertos.
É triste nos despedir de alguém que tanto amamos, mas temos que nos conformar com a vontade de Deus, que tem um plano melhor para os seus filhos. Deus é o nosso Pai celestial; e como diz Jesus Cristo, João 14:2: “Na casa de meu Pai há muitas moradas”. Neste mundo material, somos apenas passageiros. Todos nós teremos que partir um dia, é a lei, mas o mundo espiritual é eterno e seremos eternos. Morrer é uma consequência da vida, não há outro caminho. O importante é fazermos o bem e acreditarmos na vida eterna; porque Deus nos acolherá.
Goiânia, Goiás, 18-09-2019